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TRABALHO PRONTO - Projeto de Intervenção da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Segunda Graduação em Pedagogia – Faculdade Única EaD, como requisito parcial e obrigatório para conclusão do curso.

 


Intervenção Pedagógica com Metodologias Lúdicas na Educação Física: Estratégias para o Desenvolvimento das Habilidades Motoras de Alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental em Escola Municipal de Belo Horizonte

 

Intervenção Pedagógica com Metodologias Lúdicas na Educação Física: Estratégias para o Desenvolvimento das Habilidades Motoras de Alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental em Escola Municipal de Belo Horizonte

Projeto de Intervenção da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Segunda Graduação em Pedagogia – Faculdade Única EaD, como requisito parcial e obrigatório para conclusão do curso.

2025

Belo Horizonte-MG

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

1.1 Apresentação 4

1.2 Situação Problema 4

1.3 Local da Intervenção 5

1.4 Sujeitos Envolvidos na Intervenção 5

2. OBJETIVOS 6

2.1 Geral 6

2.2 Específicos 6

3. JUSTIFICATIVA 7

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8

4.1 Desenvolvimento Motor na Infância 8

4.2 O Papel da Educação Física Escolar na Formação Integral 9

4.3 Metodologias Lúdicas como Estratégia de Ensino-Aprendizagem 10

5. PERCURSO METODOLÓGICO 13

5.1 Etapas e Descrição das Atividades 14

6. RECURSOS 16

7. AVALIAÇÃO 18

8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 20

9. RESULTADOS ESPERADOS 22

1. INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

O presente Projeto de Intervenção visa desenvolver e aplicar estratégias lúdicas no ensino da Educação Física escolar, com foco na melhoria das habilidades motoras de alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A proposta será implementada em uma Escola Municipal de Belo Horizonte (MG), integrando jogos e brincadeiras ao currículo de forma planejada e estruturada.

A Educação Física, como componente curricular, desempenha papel essencial no desenvolvimento global da criança, favorecendo não apenas a aptidão física, mas também aspectos cognitivos, sociais e emocionais (DARIDO; RANGEL, 2016). A utilização de atividades lúdicas, além de estimular o interesse dos alunos, potencializa a aprendizagem e a inclusão, tornando o processo educativo mais dinâmico e significativo (KISHIMOTO, 2017; FREIRE, 2013).

Assim, este projeto propõe a criação de um conjunto de atividades que, fundamentadas em princípios pedagógicos e motores, possam contribuir para o aprimoramento da coordenação, agilidade, equilíbrio e habilidades sociais dos estudantes, alinhando-se às orientações da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018).

1.2 Situação Problema

Durante as aulas de Educação Física observadas na Escola Municipal de Belo Horizonte, identificou-se que parte dos alunos apresenta dificuldades na execução de habilidades motoras básicas, como correr, saltar, arremessar e manter o equilíbrio. Tais lacunas comprometem não apenas o desempenho físico, mas também a participação em atividades recreativas e esportivas (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016).

Essas dificuldades podem estar relacionadas a fatores como a falta de oportunidades para a prática de atividades físicas diversificadas, carência de espaços adequados e a ausência de estratégias de ensino motivadoras (FERREIRA; COSTA, 2018). Conforme apontam Lima e Silva (2019), a adoção de metodologias lúdicas pode contribuir significativamente para superar essas barreiras, estimulando a participação e promovendo avanços no desenvolvimento motor infantil.

1.3 Local da Intervenção

A intervenção será realizada na Escola Municipal [Nome da Escola], situada em Belo Horizonte, Minas Gerais. A instituição atende alunos do Ensino Fundamental e possui infraestrutura básica para a prática de atividades físicas, incluindo quadra poliesportiva coberta, pátio e alguns materiais esportivos. No entanto, há necessidade de maior diversificação metodológica nas aulas de Educação Física para estimular o desenvolvimento motor dos estudantes, conforme indicam diretrizes pedagógicas contemporâneas (BRASIL, 2018; DARIDO; RANGEL, 2016).

1.4 Sujeitos Envolvidos na Intervenção

Os sujeitos envolvidos na intervenção serão os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental, com faixa etária média entre 7 e 8 anos, totalizando aproximadamente [número] participantes. A escolha desse público se justifica pelo fato de estarem em fase de consolidação de habilidades motoras fundamentais (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016).

Além dos alunos, estarão envolvidos o professor de Educação Física responsável pela turma, que coordenará a execução das atividades propostas, e a equipe gestora da escola, que fornecerá suporte institucional para a implementação do projeto. O engajamento de todos os atores é essencial para o sucesso da proposta, pois a participação ativa e a cooperação entre os envolvidos potencializam os resultados (FERREIRA; COSTA, 2018; LIMA; SILVA, 2019).

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Promover o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental por meio de atividades lúdicas estruturadas nas aulas de Educação Física, incentivando a participação ativa, a cooperação e a valorização do movimento.

2.2 Específicos

• Estimular a coordenação motora grossa por meio de jogos e brincadeiras adaptadas às necessidades da turma.

• Desenvolver o equilíbrio, a agilidade e a velocidade em situações lúdicas e cooperativas.

• Favorecer a socialização e o respeito às diferenças, promovendo a inclusão nas atividades físicas escolares.

3. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais é um elemento central no processo de formação integral da criança, influenciando não apenas o desempenho físico, mas também aspectos cognitivos, sociais e emocionais (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016). A fase dos anos iniciais do Ensino Fundamental é decisiva para a consolidação de padrões motores que servirão de base para a prática de atividades físicas ao longo da vida (FERREIRA; COSTA, 2018).

A proposta de intervenção se justifica pela necessidade de ampliar e diversificar as experiências corporais dos alunos, utilizando atividades lúdicas como estratégia metodológica. O lúdico, quando planejado pedagogicamente, motiva a criança, promove a inclusão e potencializa a aprendizagem significativa (KISHIMOTO, 2017; FREIRE, 2013).

Na realidade observada na Escola Municipal de Belo Horizonte, verificou-se que parte dos alunos apresenta dificuldades na execução de movimentos básicos, o que pode ser consequência da falta de estímulos adequados e regulares. Ao proporcionar um ambiente dinâmico, seguro e participativo, espera-se não apenas melhorar a coordenação, o equilíbrio e a agilidade, mas também favorecer a autoestima, a socialização e o respeito às diferenças (LIMA; SILVA, 2019).

Dessa forma, este projeto se configura como uma oportunidade de contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) e fortalecendo o papel da Educação Física como promotora da saúde, do bem-estar e da cidadania.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 Desenvolvimento Motor na Infância

O desenvolvimento motor corresponde ao processo pelo qual o ser humano adquire e aprimora habilidades de movimento ao longo da vida, sendo fortemente influenciado por fatores biológicos, ambientais e socioculturais (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016). Na infância, esse processo apresenta avanços significativos, especialmente nos anos iniciais da vida escolar, quando a criança consolida padrões de movimento essenciais para sua autonomia e participação social.

Durante essa fase, as chamadas habilidades motoras fundamentais — correr, saltar, arremessar, chutar, quicar, equilibrar e girar — constituem a base para práticas motoras mais complexas (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016). Essas habilidades podem ser agrupadas em três categorias: locomotoras, manipulativas e de equilíbrio. Sua aquisição é fundamental para a inserção da criança em atividades físicas diversificadas, tanto escolares quanto recreativas.

A ausência de estímulos motores adequados pode levar a defasagens significativas no desempenho físico e até comprometer o interesse da criança por atividades corporais (FERREIRA; COSTA, 2018). Isso reforça a necessidade de intervenções pedagógicas intencionais que proporcionem experiências motoras amplas e variadas, favorecendo o progresso individual e coletivo.

O ambiente escolar é um espaço privilegiado para o desenvolvimento motor, pois oferece recursos humanos e físicos capazes de criar situações de aprendizagem planejadas (LIMA; SILVA, 2019). Nesse contexto, a Educação Física assume o papel de organizar propostas que combinem desafios e prazer, estimulando as crianças a explorarem diferentes formas de movimento.

Para além do ganho físico, o desenvolvimento motor contribui para o aprimoramento de habilidades cognitivas e socioemocionais. Por meio do movimento, a criança aprende a resolver problemas, tomar decisões e interagir com outras pessoas, desenvolvendo competências como atenção, concentração e cooperação (LIMA; SILVA, 2019). Isso demonstra que a dimensão motora está interligada ao desenvolvimento integral.

Pesquisas apontam que o desenvolvimento motor adequado está relacionado a melhor desempenho acadêmico, uma vez que movimentos coordenados e equilibrados favorecem a postura, a escrita e a leitura (FERREIRA; COSTA, 2018). Assim, investir em atividades físicas adequadas na infância não é apenas uma questão de saúde, mas também de qualidade do aprendizado escolar.

A intervenção pedagógica voltada ao desenvolvimento motor deve considerar as diferenças individuais, respeitando ritmos e potencialidades. Cada criança apresenta um histórico motor próprio, resultado de sua interação com o meio e das oportunidades oferecidas (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY, 2016). Nesse sentido, o professor precisa adaptar as propostas para que todos tenham condições de participar e evoluir.

Por fim, compreender a importância do desenvolvimento motor na infância é fundamental para planejar ações que promovam não apenas o desempenho físico, mas também a autoestima, a inclusão e a socialização. Ao reconhecer o movimento como linguagem e forma de expressão, a escola contribui para formar crianças mais ativas, saudáveis e preparadas para os desafios da vida.

4.2 O Papel da Educação Física Escolar na Formação Integral

A Educação Física escolar é reconhecida como componente curricular indispensável para o desenvolvimento integral dos estudantes, contemplando dimensões motoras, cognitivas, afetivas e sociais (DARIDO; RANGEL, 2016). Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, essa disciplina tem a função de introduzir as crianças a diversas práticas corporais, estimulando-as a se movimentar com autonomia, consciência e prazer.

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018) estabelece que a Educação Física deve proporcionar experiências diversificadas, como jogos, danças, esportes, lutas e ginásticas, permitindo que os alunos compreendam, apreciem e recriem manifestações da cultura corporal. Isso garante não apenas o desenvolvimento físico, mas também a ampliação de repertório cultural e social.

Mais do que ensinar técnicas, a Educação Física nos anos iniciais promove o desenvolvimento de competências essenciais, como trabalho em equipe, respeito às regras, aceitação das diferenças e resolução de conflitos. Essas competências, trabalhadas em ambiente lúdico e cooperativo, contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos (FERREIRA; COSTA, 2018).

Freire (2013) destaca que a educação deve ser participativa e emancipadora, possibilitando ao aluno o protagonismo no processo de aprendizagem. Na Educação Física, isso se traduz em atividades que envolvam diálogo, cooperação e liberdade para criar e adaptar movimentos, fortalecendo a autonomia e a autoconfiança das crianças.

O papel da Educação Física escolar também se estende à promoção da saúde. Ao estimular a prática regular de atividades físicas desde cedo, a disciplina contribui para a prevenção de doenças relacionadas ao sedentarismo, como obesidade e problemas posturais, criando hábitos que podem ser mantidos ao longo da vida (DARIDO; RANGEL, 2016).

Outro aspecto relevante é a contribuição da Educação Física para a inclusão escolar. Atividades planejadas de forma adaptada permitem a participação de todos, respeitando diferentes níveis de habilidade e garantindo que ninguém seja excluído do processo de aprendizagem (BRASIL, 2018). Isso reforça seu papel como espaço de equidade e valorização da diversidade.

A disciplina também favorece a expressão e a comunicação por meio do corpo, ampliando as possibilidades de interação social. O movimento se torna uma linguagem que ultrapassa barreiras linguísticas e culturais, fortalecendo laços entre os alunos e promovendo o sentimento de pertencimento (FREIRE, 2013).

Por fim, a Educação Física escolar, quando conduzida com intencionalidade pedagógica e fundamentação teórica, não apenas desenvolve habilidades motoras, mas também constrói valores, atitudes e conhecimentos essenciais para a vida em sociedade. Assim, investir em práticas educativas significativas nessa área é investir no desenvolvimento integral e na cidadania dos estudantes.

4.3 Metodologias Lúdicas como Estratégia de Ensino-Aprendizagem

O uso de metodologias lúdicas na Educação Física escolar é uma estratégia amplamente reconhecida por seu potencial de motivar e engajar os alunos no processo de aprendizagem. De acordo com Kishimoto (2017), o lúdico não é apenas um momento de diversão, mas um recurso pedagógico que possibilita à criança aprender de forma significativa, explorando suas capacidades físicas, cognitivas e socioemocionais. Assim, o jogo e a brincadeira tornam-se ferramentas poderosas para o desenvolvimento motor e para a construção de competências sociais.

Freire (2013) destaca que o ato educativo deve ser dialógico e participativo, e nesse contexto, as atividades lúdicas permitem que o aluno seja protagonista da sua aprendizagem. Ao participar de jogos e brincadeiras, a criança vivencia situações-problema, toma decisões, experimenta diferentes papéis e aprende a lidar com regras, desafios e cooperação. Essas experiências contribuem para o fortalecimento de habilidades como disciplina, autocontrole e empatia.

Na perspectiva da Educação Física, o lúdico deve ser compreendido como um meio para alcançar objetivos educacionais específicos. Segundo Ferreira e Costa (2018), quando o professor estrutura atividades lúdicas alinhadas ao desenvolvimento motor, há maior possibilidade de evolução nas habilidades básicas, como correr, saltar, arremessar e equilibrar-se. Isso ocorre porque o ambiente descontraído e interativo favorece a participação ativa e a persistência na execução das tarefas.

Além de favorecer o desenvolvimento motor, as metodologias lúdicas têm impacto positivo no desempenho acadêmico geral. Lima e Silva (2019) argumentam que a prática regular de atividades corporais lúdicas estimula funções cognitivas como atenção, memória e raciocínio lógico. Esse estímulo acontece porque a criança, ao brincar, está constantemente resolvendo problemas e tomando decisões, o que potencializa o aprendizado em outras áreas do conhecimento.

Outro ponto relevante é a inclusão escolar. Atividades lúdicas podem ser adaptadas para atender diferentes necessidades e perfis de alunos, permitindo que todos participem de forma ativa (BRASIL, 2018). Essa característica inclusiva torna o lúdico uma ferramenta essencial para garantir que a Educação Física seja um espaço de participação democrática, no qual as diferenças são respeitadas e valorizadas.

Paes (2012) enfatiza que o jogo na Educação Física não deve ser visto apenas como uma prática espontânea, mas como uma situação didática planejada. Cabe ao professor selecionar, adaptar e conduzir as atividades de acordo com os objetivos de aprendizagem, o nível de desenvolvimento da turma e os recursos disponíveis. Dessa forma, a ludicidade deixa de ser um recurso aleatório e passa a ser uma estratégia intencional de ensino.

As metodologias lúdicas também favorecem a socialização, pois os jogos e brincadeiras exigem interação, comunicação e cooperação entre os participantes. Kishimoto (2017) reforça que essas interações contribuem para a formação de vínculos afetivos, para o fortalecimento da autoestima e para a construção de uma identidade positiva no contexto escolar.

Por fim, é importante ressaltar que a implementação bem-sucedida de estratégias lúdicas requer planejamento, criatividade e conhecimento pedagógico por parte do professor. Conforme Darido e Rangel (2016), a prática docente deve articular teoria e prática, garantindo que o lúdico não seja apenas entretenimento, mas um recurso pedagógico que favoreça aprendizagens significativas e duradouras.

5. PERCURSO METODOLÓGICO

O presente projeto será desenvolvido como uma proposta de intervenção pedagógica voltada para o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais de alunos do 2º ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal [nome], localizada em Belo Horizonte – MG. A intervenção será estruturada em etapas sequenciais, garantindo a progressão das atividades e o acompanhamento dos resultados esperados.

A abordagem pedagógica adotada será de natureza sociocultural, pautada na valorização do lúdico como estratégia de ensino-aprendizagem (KISHIMOTO, 2017), articulando a participação ativa dos alunos, a cooperação e o respeito às diferenças. Todas as atividades serão planejadas para serem inclusivas e adaptáveis, possibilitando que todos participem de forma significativa.

As aulas terão duração média de 50 minutos e serão realizadas duas vezes por semana, ao longo de quatro semanas. Cada encontro será dividido em três momentos: aquecimento lúdico, atividade principal e alongamento/relaxamento. Essa organização busca garantir a estimulação motora de forma equilibrada, prevenindo a fadiga e mantendo o engajamento dos estudantes (FERREIRA; COSTA, 2018).

Durante o aquecimento lúdico, serão propostas brincadeiras como “pega-pega”, “estátua” e “corrida dos animais”, que incentivam o deslocamento e a agilidade. Na atividade principal, serão aplicados jogos estruturados voltados para habilidades específicas, como saltos, arremessos e equilíbrio, adaptando os desafios de acordo com o progresso dos alunos. O momento de alongamento e relaxamento será utilizado para trabalhar a consciência corporal e a respiração.

Para organizar a execução da proposta, o cronograma foi elaborado considerando o tempo disponível, a evolução das habilidades e a variedade de conteúdos. A seguir, apresenta-se a tabela com as etapas planejadas:

Semana Atividade Descrição Objetivo Específico

1 Jogos de locomoção Pega-pega, corrida dos animais, estátua Estimular agilidade e coordenação

2 Circuito motor Pular obstáculos, rastejar, arremessar bolas Desenvolver força e equilíbrio

3 Jogos cooperativos Transporte de objetos em duplas, corrida com revezamento Incentivar cooperação e coordenação

4 Avaliação lúdica Miniolimpíada com atividades aprendidas Verificar evolução motora e socialização

As atividades serão realizadas em espaços adequados da escola, como quadra coberta e pátio, utilizando materiais disponíveis e de baixo custo, como cones, cordas, bolas, bambolês e fita adesiva. Caso necessário, materiais alternativos serão confeccionados pelos alunos e professores, integrando aspectos de sustentabilidade e criatividade.

O papel do professor será o de mediador do processo, organizando as atividades, estimulando a participação e observando o desempenho de cada estudante. A observação será sistemática, registrando-se a evolução nas habilidades motoras e comportamentais ao longo das aulas (LIMA; SILVA, 2019).

A avaliação será contínua e formativa, considerando não apenas o desempenho motor, mas também aspectos como participação, cooperação e respeito às regras. Os registros de desempenho serão utilizados para ajustar as atividades e atender às necessidades de cada aluno, garantindo um ensino personalizado.

Por fim, espera-se que o percurso metodológico aqui proposto, ao unir fundamentação teórica, planejamento estratégico e prática pedagógica, contribua para a melhoria da qualidade das aulas de Educação Física, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos e fortalecendo o papel da escola como promotora de saúde, inclusão e cidadania.

5.1 Etapas e Descrição das Atividades

A intervenção será organizada em quatro semanas, cada uma com objetivos específicos e atividades planejadas de forma progressiva para estimular as habilidades motoras e promover a participação de todos os alunos. Na primeira semana, serão realizados jogos de locomoção com foco na agilidade, coordenação motora e noção espacial. Brincadeiras como “pega-pega” em diferentes variações, “corrida dos animais”, na qual os estudantes imitam diferentes formas de deslocamento, e “estátua”, em que se movimentam ao som de música e param quando ela cessa, possibilitarão aos alunos explorar o movimento de maneira descontraída e divertida, favorecendo a consciência corporal e o engajamento.

Na segunda semana, o trabalho será direcionado para o desenvolvimento de força, equilíbrio e coordenação global, por meio de um circuito motor composto por diferentes estações. Entre as tarefas previstas, estão pular obstáculos, rastejar sob cordas ou bancos e arremessar bolas em alvos posicionados a variadas distâncias. O circuito permitirá que as crianças pratiquem diferentes padrões motores em sequência, com ajustes no nível de dificuldade de acordo com as habilidades individuais, garantindo assim a inclusão e a evolução de todos.

A terceira semana será dedicada aos jogos cooperativos, cujo objetivo é estimular a socialização, a comunicação e o trabalho em equipe. Atividades como o transporte de objetos em duplas, utilizando apenas o corpo e sem as mãos, e a corrida com revezamento, que exige cooperação e planejamento estratégico, serão desenvolvidas para fortalecer a confiança mútua e o senso de coletividade.

Por fim, na quarta semana, ocorrerá a avaliação lúdica por meio de uma “miniolimpíada” que reunirá elementos das atividades realizadas ao longo das semanas anteriores. Estações de corrida, salto, equilíbrio, arremesso e dinâmicas cooperativas serão organizadas para que todos os alunos participem de forma ativa. Essa avaliação terá caráter formativo e inclusivo, sem foco competitivo, priorizando a observação da evolução individual e coletiva, bem como o registro da participação, da interação social e do engajamento nas atividades.

6. RECURSOS

Para a realização desta intervenção serão necessários recursos humanos e materiais que garantam a execução segura e eficiente das atividades planejadas. No aspecto humano, contar-se-á com a participação do professor de Educação Física, responsável por planejar, orientar e avaliar as atividades, além do apoio da equipe pedagógica da escola para a organização dos espaços e acompanhamento dos alunos.

Os recursos materiais incluirão equipamentos e objetos disponíveis na própria instituição e, quando necessário, materiais alternativos confeccionados de forma criativa, garantindo baixo custo e sustentabilidade. Entre os itens previstos estão cones, cordas, bolas, bambolês, colchonetes, fitas adesivas para marcação no solo e equipamentos sonoros para execução de atividades com música. Esses materiais serão utilizados de maneira versátil, adaptando-se às diferentes fases da intervenção para estimular habilidades motoras variadas e promover um ambiente lúdico e motivador.

A seguir, apresenta-se a relação detalhada dos recursos previstos:

Tipo de Recurso Especificação Finalidade de Uso

Humanos Professor de Educação Física Planejamento, mediação e avaliação das atividades

Equipe pedagógica Apoio logístico e supervisão

Materiais Cones Marcação de percursos e delimitação de espaços

Cordas Atividades de salto e rastejamento

Bambolês Exercícios de coordenação e equilíbrio

Bolas de diferentes tamanhos Arremessos, quiques e jogos cooperativos

Colchonetes Atividades no solo com segurança

Fita adesiva colorida Marcação de áreas e pistas

Aparelho de som Execução de atividades com música

A escolha desses recursos está alinhada aos objetivos da intervenção, permitindo que as atividades sejam adaptadas conforme as necessidades e o nível de desenvolvimento dos alunos, assegurando acessibilidade, inclusão e engajamento durante todo o processo.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação no presente projeto de intervenção terá caráter contínuo, formativo e processual, acompanhando cada etapa do desenvolvimento das atividades. Seu principal objetivo será verificar se as habilidades motoras, cognitivas e socioemocionais propostas nos objetivos específicos estão sendo efetivamente estimuladas e desenvolvidas pelos alunos. Mais do que mensurar resultados finais, a avaliação buscará identificar avanços, dificuldades e necessidades de adaptação durante o percurso pedagógico.

De acordo com Darido e Rangel (2016), a avaliação na Educação Física deve transcender a medição de desempenho físico, contemplando também aspectos como participação, empenho, cooperação e respeito às regras. Assim, serão utilizados critérios qualitativos e quantitativos que considerem o aluno em sua totalidade, valorizando tanto o progresso individual quanto o coletivo.

O processo avaliativo será fundamentado na observação sistemática realizada pelo professor de Educação Física ao longo das aulas. Essa observação será registrada em planilhas ou fichas específicas, contendo indicadores como coordenação motora, agilidade, equilíbrio, socialização e cumprimento das orientações. Tais registros permitirão um acompanhamento mais preciso da evolução dos alunos e orientarão ajustes no planejamento, caso necessário.

Além da observação, a avaliação contará com momentos de autoavaliação, nos quais os alunos serão incentivados a refletir sobre sua própria participação e desempenho. Essa estratégia, conforme defendem Ferreira e Costa (2018), contribui para o desenvolvimento da autonomia, do pensamento crítico e da responsabilidade no processo de aprendizagem.

A contextualização dessa avaliação se justifica pelo caráter lúdico da proposta, que exige instrumentos adaptados à faixa etária e à metodologia adotada. Como as atividades são baseadas em jogos e brincadeiras, a coleta de informações será integrada ao próprio momento da prática, evitando rupturas no engajamento dos alunos. Dessa forma, a avaliação ocorrerá de maneira natural e motivadora, em sintonia com o clima das aulas.

A fase final da intervenção contará com uma avaliação lúdica na forma de “miniolimpíada”, que reunirá as principais atividades desenvolvidas nas semanas anteriores. Nessa etapa, o professor observará a aplicação das habilidades trabalhadas, a interação social entre os alunos e a capacidade de enfrentar desafios motores, sem estabelecer uma lógica competitiva rígida, mas sim reforçando a importância da participação e do esforço.

Outro elemento importante será o feedback constante, que permitirá ao aluno compreender seus pontos fortes e aspectos que precisam ser melhorados. Esse retorno será feito de maneira construtiva e individualizada, valorizando o progresso alcançado e estimulando o empenho para as próximas atividades.

Por fim, a avaliação será utilizada não apenas como um instrumento de verificação, mas como parte do próprio processo de ensino-aprendizagem. Ao analisar os resultados obtidos, o professor poderá aperfeiçoar futuras intervenções, selecionar metodologias mais eficazes e fortalecer o vínculo com os alunos, consolidando a Educação Física escolar como espaço de desenvolvimento integral, inclusivo e significativo.

8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

O cronograma de atividades foi elaborado com o objetivo de estruturar a intervenção de forma organizada e progressiva, garantindo que os alunos tenham tempo adequado para se adaptar às propostas, desenvolver as habilidades motoras previstas e vivenciar diferentes experiências corporais. A sequência semanal foi planejada para que cada etapa prepare os estudantes para a seguinte, respeitando o ritmo de aprendizagem e o nível de complexidade das atividades.

A intervenção terá duração de quatro semanas, com duas aulas semanais de aproximadamente cinquenta minutos cada. Nas duas primeiras semanas, as atividades terão caráter introdutório e de adaptação, focando no desenvolvimento das habilidades básicas e no estímulo à participação. Na terceira semana, as propostas darão ênfase à cooperação e ao trabalho em equipe, consolidando as competências já iniciadas. Na última semana, será realizada uma avaliação lúdica integrando todos os conteúdos trabalhados, permitindo observar a evolução individual e coletiva dos alunos.

A seguir, apresenta-se o cronograma detalhado da intervenção:

Semana Atividade Principal Descrição Resumida Objetivo Central

1 Jogos de locomoção Brincadeiras de corrida, pega-pega, estátua e corrida dos animais Estimular agilidade e coordenação

2 Circuito motor Pular obstáculos, rastejar sob cordas, arremessar bolas em alvos Desenvolver força, equilíbrio e coordenação global

3 Jogos cooperativos Transporte de objetos em duplas, corrida com revezamento Incentivar cooperação, comunicação e trabalho em equipe

4 Miniolimpíada lúdica Integração das atividades anteriores em formato de estações Avaliar evolução motora e socialização

Esse cronograma servirá como guia para a execução da proposta, mas poderá sofrer ajustes caso haja necessidade, de modo a atender melhor às condições da escola e às necessidades dos alunos. O planejamento flexível é essencial para que a intervenção mantenha seu caráter inclusivo, participativo e efetivo.

9. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que, ao final da intervenção, os alunos apresentem avanços significativos no desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, como corrida, salto, arremesso, equilíbrio e coordenação geral. A participação nas atividades lúdicas planejadas deverá contribuir para que cada estudante amplie seu repertório motor, melhore sua consciência corporal e desenvolva maior domínio dos movimentos no contexto escolar.

Além do progresso físico, é previsto o fortalecimento de competências socioemocionais, como a cooperação, a comunicação e o respeito às diferenças. As propostas com enfoque cooperativo, especialmente na terceira semana, deverão favorecer a construção de vínculos positivos entre os alunos, estimulando o espírito de equipe e a solidariedade.

Outro resultado esperado é o aumento da motivação e do engajamento nas aulas de Educação Física. As atividades, por terem caráter lúdico e participativo, devem despertar maior interesse e prazer na prática, criando um ambiente mais acolhedor e estimulante para todos. Essa motivação tende a refletir não apenas na participação nas aulas, mas também na adoção de hábitos de vida mais ativos fora da escola.

A intervenção também busca promover a inclusão efetiva, garantindo que alunos com diferentes níveis de habilidade e necessidades participem plenamente das atividades. A adaptação de materiais e regras permitirá que todos tenham oportunidade de experimentar desafios adequados ao seu nível, reforçando a importância da equidade no processo educacional.

No aspecto pedagógico, espera-se que os registros avaliativos forneçam dados consistentes para embasar futuras práticas do professor de Educação Física, auxiliando no planejamento de atividades mais alinhadas às necessidades reais da turma. Essa sistematização do trabalho poderá servir como referência para outras intervenções na escola.

Por fim, espera-se que o projeto contribua para a consolidação de uma cultura escolar que valorize o movimento como parte essencial do desenvolvimento integral, reforçando o papel da Educação Física como componente curricular indispensável. A vivência de experiências corporais prazerosas e desafiadoras deverá deixar um impacto positivo e duradouro no cotidiano escolar e na vida dos alunos.

REFERÊNCIAS

BOMPA, Tudor O.; HAFF, Gregory G. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 6. ed. São Paulo: Phorte, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 14 ago. 2025.

DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

FERREIRA, Juliana Maria; COSTA, Marcelo Gomes da. Jogos e brincadeiras como instrumentos pedagógicos na Educação Física escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 40, n. 2, p. 182-188, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2017.05.005. Acesso em: 14 ago. 2025.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 2013.

GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C.; GOODWAY, Jacqueline D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2017.

LIMA, Érica de Araújo; SILVA, Fabiano Antônio da. Atividades lúdicas como ferramenta de ensino na Educação Física escolar. Revista Práxis Educacional, v. 15, n. 32, p. 252-269, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v15i32.5021. Acesso em: 14 ago. 2025.

PAES, Roberto Rodrigues. Pedagogia do esporte. Campinas: Autores Associados, 2012.

SANTOS, Jorge Luiz de; NUNES, Cátia; RIBEIRO, Felipe Augusto. A importância das atividades lúdicas no desenvolvimento motor de crianças. Revista Motricidade, v. 14, n. 3, p. 76-85, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.6063/motricidade.15264. Acesso em: 14 ago. 2025.

 

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  AVALIAÇÃO – EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE FÍSICO E DO MÚLTIPLO DEFICIENTE Segundo o ponto de vista sensorial de Miles e Riggio, surdocegos podem ser: Resposta Marcada : Todas as respostas estão corretas. TOTAL DE PONTOS: 1 PONTOS RECEBIDOS   1 São comportamentos da criança surdo cega: Resposta Marcada : Todas as respostas estão corretas. TOTAL DE PONTOS: 1 PONTOS RECEBIDOS   1 Os professores principalmente e outros profissionais ligados na área da educação enfrentam o desafio da inclusão, o que não poderia ser chamado assim, pois na verdade a etapa da adaptação a essa nossa realidade já deveria ter sido superada. As escolas deveriam estar adequadas ás necessidades de todos os alunos que necessitam dessas adaptações e apresentam a minoria dentro das escolas. Essas adequações vêm de encontro à acessibilidade, de acordo com o Dischinger e Machado (2006), esta se apresenta nas seguintes dimensões: Resposta Marcada : Todas as respostas estão corretas. TOTAL DE PONTOS: 1 P...

TRABALHO PRONTO - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

  PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Roteiro Aula Prática 2 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA NOME DA DISCIPLINA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Unidade: 1 – O que uma criança aprende quando brinca? Aula: 2 – Os aspectos lúdicos e as experiências no desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional, social e motor. OBJETIVO Para promover a reflexão crítica e prática sobre o papel do professor na Educação Infantil com ênfase no cuidado, na escuta e na atitude responsiva, compreendendo como esses gestos contribuem para o desenvolvimento integral da criança, realize as etapas desta atividade. PROCEDIMENTO/ATIVIDADE ATIVIDADE PROPOSTA: ATIVIDADE 1 – Roteiro Reflexivo e Interativo: Cuidar, Ouvir e Responder 1. Leitura e Roda de Conversa Inicial (presencial ou virtual síncrona) Organize um momento de leitura e debate a partir de um texto-base (indicação do professor) que aborde o cuidado como dimensão constitutiva do ato educativo na primeira infância. Após a leitura, oriente os ...