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TCC PRONTO: A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO EDUCANDO



1 A importância da família no processo de alfabetização do educando  retirar

1.1 INTRODUÇÃO – uSAR FONTE 12 em todos os títulos
O presente trabalho tem como finalidade cumprir as exigências pedagógicas e legais para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, na Faculdade de Educação à distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Como objeto de reflexão foi escolhido o tema A importância da família no processo de alfabetização do educando – desafios e propostas de aproximação baseado nas experiências desenvolvidas ao longo do estágio obrigatório.
Este tema se originou através de observações registradas durante o projeto de aprendizagem, realizado com a turma do segundo ano (alfabetização) na Escola Estadual  onde foi realizado o estágio e será realizado a partir desse estudo exploratório.
Sabe-se que as Instituições escolares tentam inserir a família na rotina da escola. Uma boa relação entre família e escola é necessária, visto que ambas buscam o desenvolvimento da criança através do aprendizado.

O contexto educacional compreende diferentes práticas escolares tendo como principal objeto de estudo o aluno. É no aluno que as práticas escolares se realizam de forma positiva ou negativa. Mas independente do modo como se dão essas práticas, todas têm como finalidade promover o aprendizado do aluno. “A aprendizagem é influenciar o comportamento inicial do aluno por meio das experiências vividas na escola, na rua, na família”. (SEAGOE,1978, p. 6).
A relação contexto escolar e contexto familiar é fundamental para o processo de aprendizagem. É nos dois contextos que a família juntamente com a escola, tem o papel de desenvolver a sociabilidade, a afetividade e o bem estar físico dos indivíduos.
Este trabalho tem como objetivo evidenciar, no processo de alfabetização, a importância da família e do professor no desenvolvimento das crianças que freqüentam as séries iniciais do ensino fundamental. Discutiremos aqui o papel da família e da escola, ressaltando a função da afetividade, no desempenho do aluno da educação fundamental, em especial no processo de alfabetização, no que se refere à relação família x escola.
A problemática em foco permite analisar a situação atual da família e suas dificuldades em acompanhar o processo de alfabetização escolar dos filhos, assim como a sua postura em relação à escola, e servirá de fonte de estudo para realização desse trabalho procurando compreender como os profissionais da educação  pretendem construir uma relação de parceria com as famílias, já que a escola e a família são de suma importância para a construção de uma aprendizagem significativa. E é nessa articulação que a educação acontece de forma insubstituível. É necessário que haja a aproximação desses dois contextos a partir de uma ação coletiva, que complete a ação, já que tanto o contexto familiar quanto o contexto escolar apresentam aspectos positivos e negativos.

2 JUSTIFICATIVA  - Estes três itens compõem a introdução e devem estar presentes no corpo do texto.

O presente trabalho justifica-se pela necessidade de um estudo mais profundo sobre o assunto após observação registrada em uma turma de alfabetização, no momento em que foi desenvolvido um projeto de aprendizagem sobre a família, onde os alunos necessitavam da contribuição de seus familiares para a realização dos trabalhos e foi constatado que vários deles encontraram dificuldades em obter essas informações e através dessas observações ficou evidente para nós educadores a importância da parceria entre a família e a escola  para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo.
Sabendo que a educação é um processo contínuo que se desenvolve no ambiente familiar e social, é importante realizar este estudo refletindo a importância da família no processo da alfabetização.
2.1 OBJETIVO GERAL
Refletir sobre a importância da participação da família no processo de escolarização dos educandos na classe de alfabetização.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Identificar o conceito de família e suas diferentes configurações no contexto atual.
 Identificar as dificuldades das famílias em acompanhar o processo escolar dos educandos.
 Refletir sobre a importância da participação da família na vida escolar dos educandos, para que estes tenham  uma aprendizagem de sucesso.

3 RESUMO O resumo deve ser apresentado antes do sumário

Neste trabalho será discutido inicialmente o conceito de família: Aspectos históricos  na contemporaneidade, a importância da participação da família no desenvolvimento escolar da criança, principalmente no processo de alfabetização. Ressaltar a importância da parceria da escola com a família a fim de juntas caminharem num só objetivo, que é formar cidadãos de direitos. Ressaltar as características familiares atuais, conceituando um novo modelo familiar. Busca-se através desse trabalho estimular e conscientizar professores, pais e alunos, que vivemos num mundo social, onde somos sujeitos de transformações e que devemos, portanto, estar interagido com o mundo que nos rodeia.


Palavras-chave ????

4 Conceito de família: Aspectos históricos na contemporaneidade Rever numeração dos capítulos, deixar dois espaços de 1,5 entre o titulo e o corpo do trabalho

A família é um sistema complexo de relações, onde seus membros compartilham um mesmo contexto social de pertencimento. A família é o lugar do reconhecimento da diferença, do aprendizado de unir-se e separar-se, a sede das primeiras trocas afetivo-emocionais, da construção da identidade.
É um sistema em constante transformação, por fatores internos à sua história e ciclo de vida em interação com as mudanças sociais. Sua história percorre a dialética continuidade/ mudança, entre vínculos de pertencimento e necessidade de individuação. É no cenário familiar que aprendemos a nos definir como diferentes e enfrentar os conflitos de crescimento.
Falar de família é também falar de mito, memória, transmissão. No mundo inter geracional da família nos constituímos como sujeitos, como seres sociais, e nossos comportamentos só são compreensíveis sob a luz da organização e funcionamento de um sistema de relações, cujo contexto delimita e confere significado a tudo que ocorre no seu interior.
Para compreender os desafios da família diante dos processos de socialização escolar na conjuntura atual, é necessário compreender a evolução e o desenvolvimento dessa instituição que há séculos compõe a nossa sociedade. A família é o fundamento básico e universal das sociedades. Como a mais antiga instituição social, possibilita um conjunto de regras culturais e oferece padrões de conduta que orientarão cada individuo em cada sociedade.
Falar sobre família em dias atuais exige de nós, muito cuidado e compreensão, pois temos que entender que não existe um modelo de família, mas sim uma diversidade de modelos familiares onde cada um tem sua particularidade. É família constituída por avós/tios, família de homossexuais, família que são comandadas por mulheres, ou então por homens, e assim por diante. Carvalho relata o seguinte:
Rever tamanho da fonte desta citação
Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente. (Carvalho, 2009, p. 01)

Entender essa diversidade familiar acabou gerando uma maior participação dos profissionais da educação, principalmente na vida pessoal e educacional dos alunos, substituindo a função dos pais em algumas situações, elevando assim a sobrecarga dos professores. Mas, não podemos esquecer que a educação é um processo universal, que tanto a sociedade, a família, como a escola, são responsáveis por essas funções
Por isso consideramos a família o berço natural de cada indivíduo, onde é, e sempre será o local ideal para a formação e educação de seus membros. A família é o porto seguro das afetividades, bem como dos materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. “A família é o âmbito em que a criança vive suas maiores sensações de alegria, felicidade, prazer e amor, o campo de ação no qual experimenta tristezas, desencontros, brigas, ciúmes, medos e ódios”. (SUTTER, 2007 p.2).
Diante de uma nova realidade financeira a mulher precisou ingressar no mercado de trabalho para ajudar na manutenção da casa. Com isto os filhos passaram a freqüentar o berçário ou a ter uma babá.
E assim a família foi sofrendo transformações. Hoje é comum encontrarmos filhos de pais separados, crianças criadas só pela mãe, ou pela avó, ou mesmo pelo pai. Temos famílias constituídas com duas mães ou dois pais. Temos crianças que são criadas pela avó ou pais que não os biológicos. Enfim, temos diferentes estilos de famílias. Porém, o único fator importante é que haja harmonia e segurança para a criança.
De nada adianta o filho morar numa casa com pai e mãe se estes vivem se agredindo seja com palavras ou fisicamente.
O mais importante é a harmonia, o aconchego, o afeto, a atenção, confiança, limites e tantos outros quesitos fundamentais para o desenvolvimento e uma vida tranqüila para a criança.
No ambiente familiar, modo de ser do sujeito pode ser aprendido por meio de imitações, de significados atribuídos às determinadas situações que se dão na convivência via discurso das pessoas da família ou via comportamentos. É na família, que a criança aprende a se relacionar com outro, que aprende mitos, crenças e valores que traçam seu perfil como pessoa. Segundo PRADO (1981): REVER (autor, ano, página)

“A família influencia positivamente quando transmite afetividade, apoio e solidariedade, e negativamente quando impõe normas através de leis, dos usos e dos costumes” (p.13). autor?????????
Contudo, a família tem maior responsabilidade na educação dos indivíduos, por estar em constante contato em sua casa, fase de formação e desenvolvimento. Porém, temos que também incentivar a absorção deste novo conceito de família dentro da escola. É comum presenciar a escola atribuindo a culpa de uma dificuldade de aprendizagem ou de um comportamento inadequado à família não estruturada quando o aluno é filho de pais separados, ou criado pela avó, ou qualquer outra composição que não a de “mãe e pai” convencionais.
A escola precisa ter a sensibilidade de investigar quais os reais motivos que estão ocasionando estas ações e se o fato gerador vier da família a escola tem que se disponibilizar a ajudar estabelecendo a parceria família-escola independente do tipo de família que este aluno pertence.
A família tem o direito e o dever de saber o que ocorre com o seu filho na escola, justamente para poder intervir com o intuito de auxiliar, porém deve sempre ser orientado pelo professor e nunca extrapolar o seu limite. Se o aluno pertence a um lar harmonioso e estruturado independente de pertencer ao modelo tradicional, suas dificuldades devem ser analisadas para que se encontre o real motivo que está gerando esta dificuldade, e não logo dar o veredito de que é em razão do estilo familiar.
Podemos perceber que do início do século XIX até os dias de hoje houveram grandes modificações na instituição família.
A sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças nos campos da economia, da política e da cultura, afetando significativamente todos os aspectos da existência pessoal e social. Essas mudanças repercutem fortemente na vida familiar, desde o modelo de formação até o provedor do sustento, entre outros aspectos.
O presente estudo vai ressaltar essas mudanças sociais e culturais que caracterizam a sociedade moderna, as relações familiares e principalmente os tipos de formação das famílias atuais que são totalmente diferentes e mais diversificadas que as famílias de antigamente.
Podemos dizer que na sociedade burguesa a formação familiar era ligada aos laços sanguíneos e a habitação em comum, cujos membros se limitavam ao pai, mãe e filhos, sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato com a vida social e o mercado de trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e com os filhos, desta forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita ao seu provedor, esse modelo de formação familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado aos negócios e tido como união eterna.
Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros contornos, diversas necessidades levaram a mulher a se introduzir no mercado de trabalho, o que fez com que se tornasse peça importante no provimento financeiro da família, não sendo raros os casos em que é a única provedora. Tal fato, por sua vez, vem promovendo o afastamento precoce dos filhos do convívio familiar e assim fazendo com que dividam o compromisso de educar com a escola, com tudo isso a figura do pai passou a ser ou mais presente na educação dos filhos ou em alguns casos a formação familiar não conta mais com essa figura, pois já existem muitos casos de mães solteiras, viúvas ou separadas que comandam a família, o que não é diferente com os pais que muitas vezes também estão a frente de suas famílias sem a ajuda de uma companheira. Outros aspectos culturais e de comportamentos ligados à família também mudaram, como por exemplo: os casamentos passaram a ser realizados não mais como um negócio, mais sim por interesses individuais, ou seja, do casal, a relação entre pais e filhos se tornou mais íntima, trazendo uma educação mais liberal e a figura paterna passou a não ser mais vista apenas como o provedor do sustento fazendo com que fosse cobrado dele mais participação na educação dos filhos e nos assuntos domésticos em geral.
Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem vários tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas suas características e não mais seguindo padrões antigos. Nos dias atuais existem famílias de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do início dos tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de antigamente.
Mesmo com toda essa diversidade podemos citar algumas características que as famílias atuais vem apresentando em comum, como a diminuição do número de membros, de casamentos religiosos, aumento na participação feminina no mercado de trabalho, participação de vários membros da família em sua economia, o chefe da família tende a ser mais velho, quanto mais rica mais chefes responsáveis pela família, quanto mais pobre mais os filhos contribuem na renda familiar.
Desta forma podemos afirmar que apesar de todas os mudanças que aconteceram ao longo de todos esses anos na instituição família o fato de ela não se basear mais no casamento típico e religioso é a mais marcante delas, pois hoje em dia até o Código Civil já fez mudanças em relação a união dos casais, entre outras mudanças.
O que pode-se concluir  é que existem hoje em dia  muitos tipos de famílias e que esta instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem por isso se desviou os deveres que a família tem em relação a educação, provimento, condições de vida dignas e de respeito perante ao indivíduo que a forma. SZYMANSKI (2001) ressalta que: “A condição de famílias trabalhadoras dificultam um acompanhamento mais próximo do trabalho acadêmico das crianças (...). Mas, mesmo assim, muitas demonstravam boa vontade, e colaboram (...)”. (p. 68). A página deve ser colocada junto ao sobrenome do autor e ao ano...
Hoje, a preocupação dos pais em oferecem o conforto aos filhos exige-lhes mais de 8h de trabalho por dia, dificultando-os para estarem presentes na vida escolar e  cotidiana dos seus filhos. Portanto não basta justificar a ausência no processo de escolarização dos filhos, a família precisa assumir efetivamente seu papel, já que o mesmo é muito importante para o desenvolvimento da criança.
A formação familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente ou empurrar essas responsabilidades para as instituições educacionais, o que pode ser feito é uma parceria com a mesma, para que ambas tomem atitudes que façam com que o crescimento do indivíduo e sua inserção na sociedade sejam saudáveis.

 5  EXPERIÊNCIA NO CONTEXTO DE ESTÁGIO Rever numeração dos capítulos, deixar dois espaços de 1,5 entre o titulo e o corpo do trabalho

Durante a realização do estágio foi desenvolvido na escola estadual Almeida Júnior, com a turma de segundo ano, composta por  treze alunos, o projeto Eu e a família com os seguintes objetivos:
·       Identificar os membros da família e a importância de cada um.
·       Sentir-se membro integrante da família.
Possibilitar aos alunos construir conhecimentos sobre si e oferecer-lhes oportunidades que os levem a descobrir que fazem parte de um conjunto de pessoas.
O tema escolhido possibilitou aos alunos resgatarem aspectos importantes de suas vidas tais como:
·     Como eles eram e o que faziam enquanto pequenos ?
·     Porque eles receberam esse nome?
·     Quando começaram a falar e a andar?
·     A origem da sua família;
·     Diferentes tipos de famílias;
Pude perceber a importância de trabalhar um assunto significativo para a vida deles e também como é importante o professor trabalhar valores como a família, desenvolver em seus alunos a afetividade, a solidariedade e possibilitar a capacidade de vivência em grupos sociais na comunidade em geral. Para a teoria construtivista os fatores sociais não são preponderantes, nem atuam de forma isolada. As interações sociais não são em si mesmas geradoras de novos sistemas ou formas de conhecimento, mas podem suscitar certas situações de conflito que, por sua vez, podem dar lugar a novas estruturações cognitivas. É nesse sentido que as interações sociais não são constitutivas em si mesmas, mas constitutivas do processo de equilibração.
Ao levar em conta a socialização da criança, percebi no decorrer do estágio, a existência de um processo de aprendizagem para o reconhecimento de valores e expectativas grupais que proporcionam ao indivíduo uma maior capacidade para adaptar-se. A socialização consiste num processo de construção. Cada sujeito vivencia tal processo como único, o qual desenvolve – se tanto na família quanto na escola. Segundo Piaget o conhecimento não nasce com o indivíduo, mas começa com o nascimento e construção se realiza ao longo do tempo pela interação com o meio tanto físico como social. Retirar negrito
" Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas." ( BELLO, José ). autor, ano, página – retirar aspas

Buscamos neste projeto pesquisar assuntos referentes a vida do aluno e da sua família.
Para isso foram desenvolvidas várias atividades onde algumas delas se fazia necessário a contribuição da família, tais como: pesquisas, entrevistas com a finalidade de coletar dados desde o nascimento da criança até o momento.
Nesse trabalho, através da observação e orientação a professora identificou aspectos positivos que oportunizaram ao aluno desenvolver sua autonomia, senso crítico, responsabilidade e respeito pelos colegas.
Sabe-se que isso não é mérito somente da escola, pois a criança que possui uma família em que os pais participam da vida escolar dos filhos, esses obtêm  maior sucesso em suas aprendizagens.
Posso confirmar isso baseada no trabalho realizado nesse projeto.
Em uma turma de treze alunos, apenas oito realizaram a tarefa de trazer para a escola a história do seu nome contada e escrita pelos pais.
Também percebi o desinteresse dos pais ao realizarmos o estudo sobre os diferentes tipos de família que foi organizado da seguinte forma: em sala de aula fizemos um levantamento através de conversação para sabermos com quem eles moravam e quais os familiares que viviam na mesma casa.
Posteriormente cada um deveria trazer uma foto juntamente com esses familiares para fazermos uma exposição em sala de aula. Um índice muito pequeno de alunos trouxeram as fotos, aproximadamente sete deles.
Também realizamos uma entrevista com os pais para que as crianças pudessem coletar dados sobre sua infância e posteriormente trabalharmos a linha do tempo de cada um deles.
Apesar de encontrar dificuldades na colaboração de alguns pais percebeu-se que o tema foi bastante motivador para os alunos, embora muitos deles ficassem decepcionados por não obterem as informações necessárias, deixando-os frustrados, desmotivados e desinteressados nas atividades propostas. De acordo com LIBÂNEO (2000).
“A pedagogia familiar não deve estar  desarticulada da pedagogia escolar” (p.85). As ações educativas sejam na escola, na família ou em outro ambiente não acontecem isoladamente, uma influencia a  outra implícita ou explicitamente e se procederem de forma desarticulada pode levar ao fracasso escolar do aluno, principalmente quando este pertence a uma classe economicamente baixa, tendo uma educação familiar diferente da educação escolar.(Libâneo, 2000)Ver aspas

Essa experiência me motivou a pesquisar e realizar um estudo mais profundo sobre esse tema. Não tenho a pretensão de resolver o problema de desinteresse por parte de alguns pais em participar da vida escolar de seus filhos, mas tentar compreender melhor os motivos que os levam a pensar que a escola poderá substituir o afeto familiar e que deverá dar conta de tudo sozinha.
Durante o desenvolvimento do projeto através de observações diárias ficou constatado que as crianças que contavam com o apoio dos pais encontraram mais facilidade na realização dos trabalhos e tiveram maior rendimento.
O convívio familiar e suas relações são muito importantes para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, principalmente no que diz respeito à leitura e escrita. Como as crianças constroem hipóteses sobre a escrita e seus usos a partir da participação em situações nas quais os textos têm uma função social de fato, freqüentemente as mais pobres são as que têm as hipóteses mais simples, pois vivem poucas situações desse tipo. Para elas a oportunidade de pensar e construir idéias sobre a escrita é menor do que para as que vivem em famílias típicas de classe média ou alta, nas quais as crianças ouvem freqüentemente a leitura de bons textos, ganham livros e gibis, observam os adultos manusearem jornais para obterem informações, receberem correspondência, fazerem anotações ,etc. Conforme(Weisz,2003). Todos os atos de leitura que a criança presencia em casa lhe fornecem base para a construção da leitura e escrita. Um adulto realiza cotidianamente uma série de atos de leitura diante da criança sem transmitir-lhe explicitamente sua significação. Assim, por exemplo, um adulto busca informação no escrito, não somente quando lê o jornal ou quando lê um livro, mas também quando lê placas indicadoras da cidade para se orientar, uma bula de remédio para saber a maneira de cumprir as indicações, o cardápio de um restaurante antes de decidir o que vai comer, revistas informativas antes de escolher um programa de televisão, etc. Seria difícil contabilizar todos os atos de leitura que um adulto efetua e aos quais a criança assiste desde muito cedo. (Ferreiro, Teberosky, 1999). Além da criança e do contexto familiar, é importante considerar também as relações da família com a escola diante da alfabetização da criança, pois tais relações funcionam como forte influência neste processo.
A família também desempenha um papel fundamental na formação da auto-estima, e é,em muitos casos, o primeiro grupo social que as crianças têm contato. Vale ressaltar que existem outras construções familiares que não são tradicionalmente pai, mãe e filhos, porém a afetividade é um fator fundamental na relação com as pessoas que estão envolvidas com o desenvolvimento integral da criança.
A participação dos pais na escola é importante para a escola e para o filho. Pais e escola devem educar juntos (e não separados) para um bem maior. A criação de um verdadeiro cidadão, construtor de um futuro melhor para as próximas gerações, depende dessa aliança.
Como exemplo cito o trabalho realizado sobre a história do nome deles, onde foi pedido que cada aluno perguntasse à sua mãe porque eles receberam esse nome  e a história seria exposta em sala de aula através de cartaz.  Nesse momento senti a frustração de muitos que não conseguiram trazer o que foi solicitado  e cada um deles procurava justificar de maneira diferente. Percebi então a importância da participação da família no processo de alfabetização, pois a partir daquele momento o trabalho perdeu a significação para muitos.

6 ASPECTOS POSITIVOS OBSERVADOS DURANTE O ESTÁGIO - Rever numeração dos capítulos, deixar dois espaços de 1,5 entre o titulo e o corpo do trabalho


O estudo foi realizado  a partir do interesse da turma ,tornando as aprendizagens  significativas, os alunos fizeram conexões com seus conhecimentos e os estudos realizados.
Possibilitou o trabalho cooperativo favorecendo descobertas coletivas através das discussões e interações Possibilitou também a interdisciplinaridade podendo ser trabalhado nas diferentes áreas de conhecimento.
Proporcionou desafios aos alunos no sentido de buscar informações através de pesquisas, entrevistas e outras fontes desenvolvendo assim a autonomia e o relacionamento com o grupo.
O professor passou a ser apenas o organizador das aprendizagens oferecendo aos alunos subsídios para o desenvolvimento do trabalho.
Através deste trabalho os alunos puderam experimentar, observar, estabelecer relações, analisar, levantar hipóteses, argumentar e julgar, sendo, portanto, capaz de produzirem e não de, simplesmente, repetir. Segundo Piaget "O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”. Ano do livro e página”

Além da afetividade dos alunos, destaquei como aspecto positivo quando a turma participava das atividades e compreendia o que tinha feito.
Avaliação permanente, e realizada a partir dos conhecimentos prévios dos alunos,  durante toda a realização do projeto utilizando diversos instrumentos de registros acompanhando o desempenho individual e coletivo e buscando formas de auto-avaliação.
6.1 Aspectos negativos
Através deste trabalho percebeu-se que os desafios com os quais se depara hoje a  família na socialização escolar são influenciados por sua  nova concepção e estrutura. Outro desafio encontrado é que hoje o tempo destinado à convivência é mais escasso, seja pela jornada de trabalho, em razão das necessidades econômicas, seja pela solicitação de atividades externas exercidas individualmente ou com grupo extra familiares, ou por sua concepção. Isso resulta, com freqüência, no enfraquecimento da coesão familiar e conseqüentemente reflete na vida escolar da criança que geralmente não recebe o apoio de que necessita para reforçar sua aprendizagem.
A substituição da família por outra instituição pode provocar uma insegurança emocional na criança, prejudicando seu ajustamento social. A participação da família é fundamental no processo educativo da criança, quando há satisfação das necessidades emocionais e sociais dos filhos.
“Uma instituição não substitui uma família, mas com atendimento adequado, pode dar condições para a criança e o adolescente desenvolverem uma vida saudável no futuro”. (SZYMANSKI diz (2001) p. 53).
Outro ponto negativo também observado foi a falta de interesse por parte de algumas famílias em participar da vida escolar de seus filhos. A formação familiar é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente ou empurrar essas responsabilidades para as instituições educacionais, dessa forma, a substituição da família por outra instituição pode provocar.
Partindo dessas  questões  técnicas constatamos que a escola fica distante, isolada da presença das famílias, o que traz conseqüências negativas para a socialização das crianças. Os problemas que mais se notam entre os alunos em geral são baixo rendimento escolar, o que resulta em notas abaixo das desejadas; comportamento social coletivo inadequado quando, com desvalorização do respeito aos colegas e funcionários da escola; falta de concentração, o que prejudica atividades de leitura, cálculos e anotações; pouco interesse pelos estudos, além do predomínio de muitos atritos  e irreverência.
A participação da família na escola é uma função de responsabilidade, mas torna-se hoje um desafio diante das alterações estruturais por que a família vem passando. As famílias esforçam-se na medida do possível, porém os pais estão distantes da cultura escolar de seus filhos, tornando-se complexa a integração da comunidade na escola. A escola não precisa atuar sozinha, já que a parceria é relevante no desenvolvimento educacional das crianças e dos jovens. Essa participação aumentaria o rendimento escolar melhoraria o comportamento social, desenvolveria as habilidades e facilitaria à aquisição das normas e dos valores necessários a vida escolar desses alunos. (Os desafios da família nos processos de socialização escolar  Pátio revista pedagógica ano XIII Novembro 2009 a janeiro 2010 (Ramos etal Pág.35)

7 Família e processo de aprendizagem/alfabetização  Rever numeração dos capítulos, deixar dois espaços de 1,5 entre o titulo e o corpo do trabalho

Observando a história recente da Educação, constata-se que o termo alfabetização transformou-se em uma especialidade restrita aos profissionais da área da educação. Provável reflexo em nossa cultura, ainda influenciada pelo positivismo e reducionismo, que favoreceram a criação de um mundo cartesiano, compartimentalizado em áreas específicas desconectadas entre si. O que se constata é que este tema, deveras importante para o desenvolvimento e evolução da humanidade, tornou-se “propriedade particular” de seus especialistas. Acredita-se que o produto da Educação, enquanto várias formas e incluindo várias instituições como família e escola, deveria propiciar à criança a possibilidade de  fazer análise e síntese, ou seja, que lhe ensinasse a pensar.
Em relação ao processo de alfabetização infantil e partindo das idéias de Piaget sobre o processo de construção do conhecimento, tornou-se difícil para as pesquisadoras Emília Ferreiro  e Ana Teberosky imaginar uma criança de 4 ou 5 anos, que cresce e interage num ambiente urbano, no qual geralmente encontra textos escritos em qualquer lugar, não fazer nenhuma idéia a respeito da língua escrita, até ter 6 anos, ir para a escola e ter uma professora a sua frente que lhe mostre e transmita. Para essas pesquisadoras as crianças já possuem conhecimento prévio sobre a construção da escrita e leitura, daí a importância do professor conhecer e considerar os níveis de alfabetização em que encontram-se seus alunos. Considerando que a pesquisadora Emilia Ferreiro realizou diversos estudos acerca do processo de alfabetização segundo Ferreiro (1996, p.24) CITAÇÃO DIRETA - COLOCAR AUTOR (LETRA MAIÚSCULA), ANO E PÁGINA AO FINAL DA CITAÇÃO “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem duvida, em um ambiente social. Mas as praticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.” Atualmente, muitos professores ainda definem erroneamente o processo de alfabetização como sinônimo de uma técnica. De acordo com suas experiências com crianças, Ferreiro (1999, p.44-7), CITAÇÃO INDIRETA - COLOCAR AUTOR (SOMENTE LETRA INICIAL MAIÚSCULA) E ANO esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização inicial:
·       Restituir a língua escrita e seu caráter de objeto social;
·       Desde o início (inclusive na pré-escola) se aceita que todos na escola podem produzir e interpretar escritas, cada qual em seu nível;
·       Permite-se e estimula-se que a criança tenham interação com a língua escrita, nos mais variados contextos;
·       Permite-se o acesso o quanto antes possível à escrita do nome próprio;
·       Não se super valoriza a criança, supondo que de imediato  compreenderá a relação entre a escrita e a linguagem.
A vivência familiar proporciona experiências únicas que favoreceram a formação de padrões de comportamento que se mantém durante a vida do indivíduo.
No momento em que chega a escola, a criança já traz consigo toda uma gama de conhecimento a respeito do mundo e de si mesmo. O convívio familiar lhe imprime uma série de valores através do seu cotidiano.
Parte-se do pressuposto que a alfabetização é um processo que vai além do aprendizado mecânico da escrita e da leitura proporcionando a noção de “letramento” que inclui o desenvolvimento da consciência crítica.
O conceito de letramento começou a ser usado nos meios academicos como tentativa de separar os estudos sobre o "impacto social da escrita" (Kleiman, 1991) dos estudos sobre a alfabetização, cujas conotações destacam as competências individuais no uso e na práti­ca da escrita
A escola,  preocupa-se, nãocom o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição (alfabatico, numéico), processo ge­ralmente concebido em termos de uma competência individual necessaria para o sucesso e promoção na escola. Outras agências de letramento, como a famlía, a igreja, a rua, a tv como lugar de trabalho, mostram orientações de le­tramento muito diferentes,
A escola como a principal instituição das agências de letramento  não desenvolve todos os tipos de habilidades, quando delimita a pratica em um stipo de letramento (alfabético e numéico). Assim o aluno alfabetizado e não letrado, não consegue compreender tudo na sua prática social, tendo muitas limitações.
A exploração das diversas funções da escrita, como as funções de apoio para a memó­ria, de transmissão de conteúdos independente das limita­ções do espaço e do tempo seriam relevantes nesse enfoque.
No entanto, as deficiências do sistema educacional na formação de sujeitos plenamente letrados não decorrem apenas do fato de o professor não ser um representante pleno da cultura letrada (v. Kleiman, 1991) nem das falhas num currículo que não instrumentaliza o professor para o ensino. As falhas, acredito, são mais profundas, pois são decorrentes dos prórios pressupostos que subjazem ao modelo de letramento escolar.
 Cabe a escola conhecer e valorizar as experiências adquiridas dando uma continuidade para que o aluno se desenvolva mais plenamente. Tornando o tempo que este aluno passa na escola mais qualitativo e significativo, onde este consiga conhecer e atmodificar sua situação inicial, sob os aspectos social, cultural e cognitivo.
A concepção de ensino da escrita como o desenvol­vimento das habilidades necessárias para produzir uma linguagem cada vez mais abstrata estem contradição tom outros modelos que consideram a aquisição da escri­ta como uma prática discursiva.
A leitura e a escrita são elementos fundamentais no processo de alfabetização infantil. O ato de ler e escrever n significa apenas juntar letras, palavras, codificando e decodificando palavras, mas propiciar ao aluno a oportunidade de ampliar e aprimorar sua competência lingüística e comunicativa para se adaptar sociedade, tornando-se uma pessoa seletiva e analítica.
O processo de alfabetização considerado muito importante na aprendizagem do aluno, mas o fato que os textos e produções escritas das crianças tão pouco ou nada a ver com o que se passa na realidade de mundo. Ou seja, a vida e os acontecimentos reais do mundo estão longe da realidade dos alunos.
Segundo Soares (2000, p.18), o letramento é “o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um individuo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita. E define esta apropriação “como tornar a escrita como sua própria ou como sua propriedade” (Soares 2000, p.39), e acrescenta-se, usar a escrita com propriedade. Citação direta ou indireta???

O letramento altera a condição no indivíduo na sociedade porque o mesmo encontra-se envolvido em numerosas práticas sociais de leitura e de escrita, mudando “seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura, sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais torna-se diferente”.
Segundo Soares, podemos afirmar, então; que a condição de letramento melhora a qualidade de vida do indivíduo (embora existam polêmicas a respeito de que pode-se atribuir melhoria na qualidade de vida dos indivíduos investindo apenas em educação, não é objetivo deste artigo deter-se nesta discussão. (Soares 2000, p.37) Citação direta ou indireta???
Embora diversos autores utilizam-se de conceitos e denominações diversas é possível encontrar-se semelhanças entre a noção de letramento atribuída por Soares e
alfabetização em Frago, conforme se segue:
“Alfabetizar-se,não é aprender e dominar algumas determinadas habilidades técnicas de decodificação, produção e compreensão de certos signos gráficos, mas adquirir e integrar novos modos de compreensão da realidade, do mundo, de si mesmo e dos outros.” (FRAGO, 1989, p.107) – retirar aspas

Ou seja, a alfabetização ou letramento que aqui se refere está diretamente ligado a noção de um processo cultural que reestrutura a consciência, a mente e o comportamento. Segundo o mesmo autor, uma alfabetização plena deve incluir um discurso secundário, a meta-linguagem, ou a comunicação sobre a comunicação.
E, para que o processo de alfabetização melhore a vida das pessoas é preciso que o mesmo seja um promotor do senso crítico e do desenvolvimento da consciência. Um processo chamado por Frago (1989) de alfabetização intercultural:
Mas tampouco trata-se de simplesmente pensar mas de pensar acerca do discurso próprio e alheio. Um pensamento requer condições e instrumentos  prévios. Entre as condições, o reconhecimento escolar da própria identidade  cultural individual e de grupo. Entre os instrumentos, uma alfabetização que facilite a aquisição de uma meta-linguagem que permita analisar os mecanismos e estratégias discursivas de hegemonia e dominação social e intercultural. Os próprios e os alheios. Não para isolar-se, mas como disse, para encontrar universal no particular e aprofundar-se no conhecimento de si mesmo. No conhecimento do outro, dos demais, de nós mesmos e, por isso, de si mesmo.
Essa é a alfabetização necessária nas sociedades da informação e da multiplicidade de linguagens Necessária tanto para os grupos cultural e lingüisticamente hegemônicos quanto para os subalternos. Esta é a alfabetização intercultural.” (FRAGO 1989, . 116)  citação direta??? Verificar uso das aspas...
A escola deve estar dentro do contexto social e da realidade, pois as crianças possem uma leitura do  ambiente em que se encontram e o seu dia-a-dia repleto de informações que lhes proporcionam aprendizagem  de múltiplas linguagens.
A leitura, já propunha Paulo Freire (ano da obra), é um processo muito anterior a leitura escrita em si mesma, sendo precedida pela leitura de mundo, constituída por toda uma gama de experiências e vivências sócio-culturais ás quais o indivíduo está sujeito e imerso.
Também considerando a proposta de Paulo Freire (ano da obra) que desde a década de 1960, inspirou os principais programas de alfabetização e educação popular. O analfabetismo deixou de ser visto como a causa da pobreza e da marginalização de cidadãos e, rompendo paradigmas, passou a ser visto como resultado da situação da pobreza gerada pela sociedade. Paulo Freire criou, então, uma proposta de alfabetização que usufruía dos seus conhecimentos intrínsecos. A premissa básica era: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”, visando, com isso, levar o educando a participar ativamente do processo de sua aprendizagem, antes mesmo de iniciar o aprendizado da escrita. Os materiais didáticos criados nessa época faziam referência à realidade de cada aluno, usando-a para desenvolver temas e o raciocínio crítico-construtivo.
Entende-se aqui, portanto, que a alfabetização não começa na escola, e muito menos no primeiro ano escolar. Muito pelo contrário, a alfabetização inicia-se com a vida. E,levando-se em conta as condições pré-natais, físicas e biológicas, bem como as expectativas familiares que são criadas com a gestação de um filho, os desejos e mandatos familiares que a ele são reservados já no período da vida intra-uterina, podemos afirmar que a alfabetização inicia-se antes do nascimento. Portanto, ela não pode ficar reservada, enquanto tem a preocupação e discussão, apenas aos profissionais desta área. É preciso que a família esteja incluída no processo. Segundo          Fernandez:
 “A origem do problema de aprendizagem não se encontra estrutura individual. O sintoma se ancora em uma rede particular de vínculos familiares, que se entrecruzam com uma também particular estrutura individual. A criança suporte a dificuldade, porém, necessária e dialeticamente, os outros dão o sentido.” (FERNÁNDEZ, 1990, p. 30-31) – retirar aspas

A família é o espaço físico e emocional, onde a criança inicia sua vida. Seja ela do tipo que for: a família tradicional (composta de pai, mãe e filhos), a família conduzida apenas por uma única figura parental (ou pai ou mãe), famílias lideradas por avós, famílias conduzidas por irmãos mais velhos, famílias de pais adotivos, só para citar alguns. Em outras palavras, a estrutura familiar da sociedade ocidental é, atualmente, muito diferente da família patriarcal do início do século XX. Isto significa que não existem modelos prontos. Faz-se importante notar que os papéis masculinos e femininos foram alterados por uma série de acontecimentos e descobertas científicas, tais como o advento da pílula anticoncepcional e do movimento feminista, apenas para citar alguns, que propiciaram uma transformação incomparável na vivência do papel feminino e nas estruturas de poder dentro das famílias. E, em conseqüência, alteraram também a vivência do papel masculino. A organização familiar, atualmente, está sendo criada a cada instante, frente aos problemas e imprevistos que surgem, dentro das possibilidades de cada unidade familiar. Por esta breve discussão percebe-se a complexidade do tema e do problema.
Faz-se presente também na história da alfabetização, a noção de que se o processo não transcorre dentro do esperado, a dificuldade está com a criança. E esta concepção, não vigorou apenas dentro das escolas, mas também dentro dos sistemas familiares: “Os pais investem intensamente na criança e não expressam nenhuma outra preocupação: É um problema da criança, não um problema familiar” (Carter, McGoldrick &Col., l995,p.217). letra maiúscula
Nas últimas décadas, sob forte influência do construtivismo e sócio interacionismo, estas concepções vem sendo, gradativamente, alteradas, principalmente dentro do enfoque escolar/pedagógico. Á luz das teorias piagetiana, vigotskiana, walloniana, entre outras, nos ambientes pedagógicos há uma perspectiva que qualifica a mediação, o ambiente, o aspecto afetivo e integral do individuo. Ou seja, uma atitude que considera o meio social e familiar de onde se originam e nos quais vivem os indivíduos.
No entanto, as famílias ainda continuam à margem deste processo, mesmo quando lhes sobra tempo e interesse, não sabem como agir e não são, na maioria das vezes, orientadas para esta tarefa, surgindo a ocorrência de uma lacuna entre família e escola.

8 CONCLUSÃO - fonte 12

O que pode-se concluir com este trabalho é que existem hoje em dia muitos tipos de famílias e que esta instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem por isso se desviou os deveres que a família tem em relação a educação, provimento do sustento, condições de vida dignas e de respeito perante ao indivíduo que a forma.  Buscamos evidenciar a importância que pais atribuem à escola como uma instituição social voltada para a educação das novas gerações.
A educação existe de várias formas, e é praticada em diferentes situações que se não forem bem definidas objetivamente torna-se sem valor.
Ela se dá através das experiências de vida em diferentes situações de trocas entre as pessoas, envolve trocas de símbolos, bens, poderes e crenças. Nesse sentido, percebe-se que o ensino formal não é suficiente, a escola tem que considerar as formas livres, familiares e comunitárias de educação, pois as diferentes práticas educativas influenciam no desenvolvimento das crianças.
O processo de alfabetização em parceria com a família propicia novas perspectivas. Há muita expectativa com relação ao desempenho da criança. Excesso de expectativas podem também favorecer ao fracasso, na medida em que impossibilita a criança de viver os erros previsíveis com certa tranqüilidade e leveza.
A intenção deste trabalho não é esgotar esta discussão, até mesmo porque ela ainda está apenas começando. Pretende-se, no entanto, alertar para a complexidade do problema em questão: a vivência familiar e o processo de alfabetização. Considera-se que este processo (alfabetização) não é simplesmente um problema da escola ou da criança. Faz-se necessário que se contextualize o problema, e se contemple também o ambiente familiar social da criança. E, mais que isto, que seja possível utilizar também uma perspectiva mais profunda para esta observação, já que, obviamente, não se pretende “culpar” a família.
Através de uma análise mais complexa surgirá mais dados para a compreensão do problema, assim como maiores possibilidades de alternativas e soluções para uma situação que ainda está longe dos ideais de letramento e alfabetização citados neste trabalho.

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS retirar

Refazer as referências – ver normas ABNT

http://inforum.insite.com.br/6245/10970893.html, acessado em 21/out 2010 _ CARTER, Betty, MCGOLDRICK, Monica e Col. As mudanças no Ciclo de Vida Familiar
    Uma estrutura para a terapia familiar. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
    FERNANDEZ, Alícia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
FRAGO, Antonio Viñao. Alfabetização na sociedade e na história: vozes, palavras e textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2a ed. Belo Horizonte: Autêntica,2000.
BRANDÃO, Carlos R. O que é método Paulo Freire. 1.ed. São Paulo: Brasiliense,1981.
 PIAGET, Jean. Jean Piaget.Disponível em : http://www.pedagogia.com.br/biografia/jean_piaget.php  . Acesso em: 04 out.2010.
 LEITE,Luci Banks. As interações sociais na perspectiva piagetiana. Disponível em:http://www.crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=007. Acesso em 04out.2010.
CARVALHO, Andressa. A Família na atualidade. Disponível em: <http://www.meuartigo.brasilescola.com/psicologia/a-familia-na-atualidade.htm> Acesso em: 13 out. 2010
. SUTTER, Graziela. Refletindo Sobre a relação família – Escola. Disponível em: < http://www.webartigos.com/articles/926/1/refletindo-sobre-a-relacao-familia---escola/pagina1.html Acesso em 13 de out. 2010.
SZYMANSKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, Para quê?. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
BELLO, José Luiz P. Revista Científica Eletrônica de Pedagogia é uma publicação semestral da Faculdade de Ciências Humanas de Garça FAHU/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – Ano VI – Número 11 – Janeiro de 2008 Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09.htm Acesso: 14 jun de 2010.

Orientações:
Rever toda a estruturação/formatação do TCC de acordo com as normas da ABNT (resumo, sumário, citações diretas e indiretas, referências, numeração indicativa dos capítulos, fonte - não superior a 12, etc.) Alterar as margens - esquerda e superior: 3 cm, direita e inferior: 2 cm.
- consultar normas da ABNT em nossa wiki do TCC através do link: http://www.ufrgs.br/…/abnt-ufrgs-2010.ppt e outros dois links importantes:  como fazer referências e como fazer citações (ver sidebar)


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