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tcc pronto PRÉ-ECLÂMPSIA E SEUS IMPACTOS NA GESTAÇÃO TARDIA

 

 

 


A PRÉ-ECLÂMPSIA E SEUS IMPACTOS NA GESTAÇÃO TARDIA

PRE-ECLAMPSIA AND ITS IMPACTS ON LATE PREGNANCY

 

Resumo

 

A pré-eclâmpsia representa uma das mais significativas complicações gestacionais, especialmente em gestações tardias, definidas como aquelas que ocorrem após a 37ª semana. Este artigo revisa a epidemiologia, os fatores de risco, as consequências para a saúde materna e fetal, e aborda as estratégias atuais de diagnóstico, monitoramento e manejo dessa condição. A análise revelou que, apesar dos avanços na compreensão da pré-eclâmpsia, desafios substanciais persistem no que se refere ao seu manejo em gestações tardias, onde os riscos para complicações aumentam significativamente. A identificação precoce dos fatores de risco e a implementação de estratégias de monitoramento rigoroso são cruciais para a mitigação desses riscos. O tratamento da pré-eclâmpsia em gestações tardias requer uma abordagem cuidadosamente personalizada, que equilibre os riscos e benefícios para a mãe e o feto. Este estudo sublinha a importância de uma abordagem multidisciplinar e baseada em evidências para o manejo da pré-eclâmpsia, enfatizando a necessidade de pesquisa contínua para melhorar os desfechos materno-fetais.

 

Palavras-chave: pré-eclâmpsia; gestação tardia; saúde materno-fetal; diagnóstico; manejo.

 

Abstract

Preeclampsia represents one of the most significant complications in pregnancy, particularly in late pregnancies, defined as those occurring after the 37th week. This article reviews the epidemiology, risk factors, consequences for maternal and fetal health, and discusses current strategies for diagnosis, monitoring, and management of this condition. The analysis revealed that, despite advancements in understanding preeclampsia, substantial challenges remain in managing it in late pregnancies, where risks for complications significantly increase. Early identification of risk factors and implementation of rigorous monitoring strategies are crucial for mitigating these risks. Managing preeclampsia in late pregnancies requires a carefully personalized approach that balances risks and benefits for both mother and fetus. This study highlights the importance of a multidisciplinary, evidence-based approach to managing preeclampsia, emphasizing the need for ongoing research to improve maternal-fetal outcomes.

 

Keywords: preeclampsia; late pregnancy; maternal-fetal health; diagnosis; management.


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1. Introdão

 

A pré-eclâmpsia é uma condição complexa e multifatorial que desafia os profissionais de saúde em todo o mundo, caracterizada por hipertensão e proteinúria após a 20ª semana de gestação. Sua incidência varia globalmente, mas consistentemente representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade tanto materna quanto fetal. A complexidade da pré-eclâmpsia reside não apenas em suas causas multifacetadas e manifestações clínicas variáveis, mas também no seu potencial para evoluir rapidamente de formas leves para graves, culminando em complicações que exigem decisões clínicas imediatas e precisas. Quando essa condição ocorre em gestações tardias, ou seja, após a 37ª semana, ela apresenta nuances específicas que requerem uma compreensão aprofundada, dado o impacto significativo na saúde materno-fetal e nas decisões sobre o manejo do parto.

A justificativa para a escolha deste tema reside na observação de que, apesar dos avanços na medicina perinatal, a pré-eclâmpsia continua sendo uma condição clínica desafiadora, com impactos significativos na saúde materno-infantil. Compreender seus mecanismos, fatores de risco e consequências em um estágio tardio da gestação é crucial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento mais eficazes. Além disso, este estudo visa contribuir para a literatura existente, fornecendo uma análise abrangente que pode informar as práticas clínicas e melhorar os resultados perinatais.

A metodologia adotada nesta revisão bibliográfica envolverá a análise sistemática de estudos prévios, incluindo artigos científicos, revisões de literatura e diretrizes clínicas relevantes, publicados em bases de dados confiáveis. A seleção dos estudos será baseada em critérios de inclusão estritos para garantir a relevância e a qualidade das informações coletadas. Este processo metodológico permitirá sintetizar os dados existentes sobre a pré-eclâmpsia em gestações tardias, destacando as lacunas no conhecimento atual e identificando áreas promissoras para pesquisas futuras.

Portanto, através deste artigo, espera-se não apenas esclarecer os complexos impactos da pré-eclâmpsia em gestações tardias, mas também fornecer uma base sólida para futuras investigações e intervenções clínicas. Ao fazê-lo, este trabalho visa contribuir significativamente para a melhoria dos cuidados de saúde materna e neonatal, reduzindo a incidência de complicações graves e melhorando os desfechos para mães e bebês afetados por essa condição desafiadora.

 

1.1  Objetivos Gerais

 

  • Analisar os impactos da pré-eclâmpsia em gestações tardias.
  • Investigar os fatores de risco associados à pré-eclâmpsia em gestações tardias.
  • Analisar as consequências da pré-eclâmpsia para a saúde materna e fetal em gestações tardias.
  • Avaliar as estratégias de manejo e tratamento utilizadas para lidar com a pré-eclâmpsia em gestações tardias.

 

2. Revisão da Literatura

 

2.1 O contexto da pesquisa

 

Atualmente, é cada vez mais comum mulheres optarem por postergar a maternidade visando a consolidação de suas carreiras e a estabilidade pessoal, o que frequentemente conduz à gravidez em idades mais avançadas, especialmente após os 35 anos. Esta escolha implica em desafios específicos, visto que, nesta etapa da vida, ocorre uma diminuição natural da fertilidade e um incremento nas chances de anomalias congênitas e pequeno porte fetal ao nascimento. Essas gestantes estão igualmente mais suscetíveis a complicações como diabetes gestacional, hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia (Gomes; Domingueti, 2021), destacando a importância do conhecimento e da preparação para enfrentar os riscos inerentes à gravidez em idades mais avançadas.

A pré-eclâmpsia é particularmente preocupante, sendo caracterizada por um aumento da pressão arterial após a vigésima semana de gestação, podendo acarretar danos severos a órgãos vitais como rins e fígado (Pretti et al., 2023). Embora possa manifestar-se em qualquer fase da gravidez, sua incidência é particularmente mais elevada nas fases tardias, aproximando-se do terceiro trimestre (Reis et al., 2021). Estudos apontam para uma resposta imunológica anormal da mãe ao feto e a influência de fatores genéticos e placentários no desenvolvimento desta condição. Além disso, evidencia-se que histórico familiar de pré-eclâmpsia, obesidade, diabetes gestacional prévia, hipertensão arterial e gestações múltiplas ampliam o risco de sua ocorrência (Alves; Fronza; Strapasson, 2021).

Os sintomas da pré-eclâmpsia incluem, mas não se limitam a, inchaço das extremidades, presença de proteína na urina, dores de cabeça recorrentes, visão turva, dor abdominal intensa e redução da produção urinária. Estes sinais podem indicar uma lesão orgânica subjacente e requerem avaliação médica imediata para a confirmação diagnóstica e o manejo apropriado (Michels et al., 2023). A Organização Mundial da Saúde destaca a pré-eclâmpsia como uma condição com elevados índices de morbimortalidade, sendo responsável por uma proporção significativa das mortes maternas diretas globalmente, sublinhando a gravidade da condição e a necessidade de intervenção precoce (Gomes et al., 2020).

A classificação da pré-eclâmpsia baseia-se na idade gestacional na apresentação clínica, sendo dividida em pré-termo (parto <37 semanas de gestação), termo (parto ≥37 semanas de gestação) e pós-parto. Além disso, são usadas classificações de início precoce (parto com <34 semanas de gestação) e início tardio (parto com ≥34 semanas de gestação), embora não sejam favorecidas clinicamente devido à falta de adequada reflexão do prognóstico materno e fetal. Esses termos são empregados para refletir com precisão as populações de estudo. Estudos indicam que o momento do início da pré-eclâmpsia pode refletir diferenças na etiologia da condição. Observou-se variação na eficácia dos testes de previsão e da profilaxia preventiva com aspirina, dependendo do tempo de início da pré-eclâmpsia. Entretanto, basear a classificação apenas no momento do diagnóstico pode introduzir imprecisão, especialmente devido à variação na progressão da doença e ao momento de apresentação para diagnóstico. Um estudo recente destacou que a classificação baseada apenas no momento do parto pode subestimar a incidência de pré-eclâmpsia de início precoce. Portanto, uma classificação correta pode contribuir para o desenvolvimento de novos testes preditivos e tratamentos preventivos (Pretti et al., 2023; Ribeiro et al., 2023; Reis et al., 2021).

Diversos fatores de risco estão associados à pré-eclâmpsia, como história obstétrica e fatores maternos. No entanto, individualmente, esses fatores têm baixo poder preditivo, e mesmo em conjunto, seu poder de previsão é limitado. Fatores de alto risco reconhecidos incluem história de pré-eclâmpsia anterior, doença renal crônica, hipertensão crônica e diabetes mellitus. A obesidade (IMC >30 kg/m²) e tecnologias de reprodução assistida também são consideradas fatores de alto risco. No entanto, uma comparação entre diretrizes de prática clínica e evidências que as apoiam revelou falta de alinhamento entre os fatores de risco e as evidências disponíveis. Além disso, as diretrizes são em sua maioria originadas em países de renda alta e podem não incluir fatores de risco relevantes para países de renda média e baixa, como acesso limitado a cuidados de saúde e fatores específicos de saúde materna e reprodutiva. Portanto, é necessário validar modelos em ambientes com diferentes recursos (Alves; Fronza; Strapasson, 2021)

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é realizado por meio de acompanhamento regular da pressão arterial e análise de urina, visando a detecção de proteínas. Exames complementares podem incluir avaliações da função renal e hepática. Com o diagnóstico estabelecido, orientações sobre cuidados diários se tornam fundamentais para a saúde da gestante e do feto, abarcando desde uma dieta equilibrada até a redução do consumo de sal e a ingestão adequada de água (Brito et al., 2020).

É imperativo que gestantes estejam atentas aos sinais de alerta e busquem atendimento médico especializado. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado da pré-eclâmpsia podem diminuir significativamente os riscos associados, garantindo a segurança e o bem-estar tanto da mãe quanto do feto (Ribeiro et al., 2023). Neste contexto, a enfermagem desempenha um papel vital na detecção precoce dos sinais e sintomas, monitoramento contínuo e apoio durante o tratamento e cuidado ao longo da gestação (Riesgo, 2021).

O papel do enfermeiro estende-se desde o pré-natal até o suporte contínuo, passando pela triagem, avaliação, orientação, monitoramento e assistência integral às gestantes, desde o início até o término da gestação. A coordenação de cuidados e a educação fornecida pelos profissionais de enfermagem são essenciais para um acompanhamento adequado e para oferecer um suporte abrangente às mulheres impactadas por essa condição durante a gravidez (Gomes et al., 2020)

 

2.2 Epidemiologia e Fatores de Risco da Pré-eclâmpsia em Gestação Tardia

 

A epidemiologia da pré-eclâmpsia em gestações tardias apresenta um panorama complexo, desafiando os paradigmas tradicionais de saúde materno-infantil. De acordo com Reis et al. (2021), essa condição afeta uma porcentagem significativa das gestações após a 37ª semana, o que coloca em risco tanto a saúde da mãe quanto do recém-nascido. Os fatores de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia em gestações tardias são diversos, abrangendo desde aspectos genéticos até condições socioeconômicas, o que reforça a necessidade de uma abordagem multidimensional para sua compreensão e manejo.

O entendimento da pré-eclâmpsia como síndrome e sua diversidade de repercussões na gestante e concepto vêm sendo investigados à luz de outra classificação, baseada no momento do surgimento de suas manifestações. Agrupada arbitrariamente em pré-eclâmpsia de início precoce e tardio, este parece ser um referencial clínico que caracterizara entidades distintas, refletindo mecanismos etiopatogênicos que se iniciam em momentos diferentes da gestação. (Alves; Fronza; Strapasson, 2021, p2)

 

Segundo Magalhães et al. (2016), a idade avançada da mãe, histórico familiar de pré-eclâmpsia e a presença de comorbidades, como hipertensão e diabetes, são fatores de risco bem estabelecidos. Além disso, peculiaridades obstétricas, como a multiparidade e gestações de múltiplos, também têm sido associadas a um risco aumentado para o desenvolvimento da condição. Tal diversidade de fatores sugere a complexidade na prevenção e no tratamento da pré-eclâmpsia, exigindo estratégias personalizadas.

Fernandes et al. (2020) destacam que a identificação precoce dos fatores de risco é fundamental para o manejo eficaz da pré-eclâmpsia em gestações tardias. O acompanhamento rigoroso dessas gestantes permite não apenas a detecção precoce de sinais e sintomas da pré-eclâmpsia, mas também a implementação de medidas preventivas que podem mitigar seus impactos sobre a saúde materna e fetal. Da Cruz Krettl et al. (2021) reforçam essa visão, apontando que a vigilância contínua e o manejo cuidadoso são essenciais para reduzir as complicações associadas à condição.

Alpoim (2017) enfoca a importância dos avanços científicos no entendimento dos mecanismos fisiopatológicos da pré-eclâmpsia, o que tem contribuído para o desenvolvimento de novas estratégias de diagnóstico e tratamento. Essas inovações são cruciais para melhorar os desfechos em gestações tardias, onde as complicações da pré-eclâmpsia representam um risco considerável para ambos, mãe e filho. Melillo et al. (2023) complementam, discutindo os avanços recentes na utilização de biomarcadores para a predição e o monitoramento da pré-eclâmpsia, o que representa um passo significativo para a prática clínica.

Meseder et al. (2023) argumentam que, apesar dos avanços, ainda existem lacunas significativas no conhecimento sobre a pré-eclâmpsia em gestações tardias, particularmente em relação aos mecanismos subjacentes que diferenciam a pré-eclâmpsia precoce da tardia. Esta distinção é fundamental para o desenvolvimento de terapias direcionadas que possam oferecer melhores prognósticos para as gestantes afetadas. Pretti et al. (2023) salientam a importância da educação continuada dos profissionais de saúde sobre as nuances da pré-eclâmpsia em gestações tardias, para assegurar que as melhores práticas sejam aplicadas no cuidado dessas pacientes.

Concluindo, a pré-eclâmpsia em gestações tardias continua sendo um campo desafiador e de intensa pesquisa. Riesgo (2021) destaca a necessidade de uma abordagem integrada, que combine vigilância clínica, avanços tecnológicos e educação em saúde para melhorar os desfechos maternos e neonatais. Com o aprofundamento das pesquisas e a implementação de estratégias de prevenção e manejo baseadas em evidências, espera-se avançar significativamente na luta contra os impactos adversos da pré-eclâmpsia em gestações tardias.

 

2.3 Consequências da Pré-eclâmpsia em Gestação Tardia para a Saúde Materna e Fetal

 

As consequências da pré-eclâmpsia em gestações tardias para a saúde materna e fetal são diversas e frequentemente graves, afetando de forma significativa o desfecho da gestação. Segundo Alpoim (2017), a pré-eclâmpsia pode levar a complicações severas para a mãe, incluindo a eclâmpsia, a síndrome HELLP e o descolamento prematuro da placenta. Estas complicações podem não apenas colocar em risco a vida da mãe, mas também afetar a saúde do feto, implicando em uma vigilância clínica rigorosa e intervenção precoce para mitigar riscos.

Melillo et al. (2023) destacam que a saúde fetal é particularmente vulnerável em casos de pré-eclâmpsia tardia, onde a restrição do crescimento intrauterino e a prematuridade são consequências comuns. A hipóxia fetal e a acidose resultantes da insuficiência placentária podem levar a desfechos neonatais adversos, exigindo frequentemente intervenções neonatais intensivas após o nascimento. Essa realidade enfatiza a importância de um acompanhamento obstétrico especializado e multidisciplinar para gestações caracterizadas por pré-eclâmpsia tardia.

De acordo com Meseder et al. (2023), a pré-eclâmpsia não afeta apenas o período gestacional e o parto, mas também tem implicações a longo prazo para a saúde cardiovascular da mãe. Estudos têm demonstrado um aumento no risco de hipertensão e doenças cardíacas em mulheres que experienciaram pré-eclâmpsia, indicando a necessidade de um acompanhamento de saúde contínuo após o parto.

Pretti et al. (2023) ressaltam que a gestação tardia, por si só, já apresenta desafios únicos para a saúde materno-infantil, e a presença de pré-eclâmpsia exacerba esses riscos. Intervenções como o parto precoce podem ser necessárias para salvaguardar a saúde de mãe e filho, mas estas vêm com suas próprias complicações, incluindo as relacionadas à prematuridade e às intervenções neonatais subsequentes.

Riesgo (2021) sublinha a importância de uma abordagem integrada no manejo da pré-eclâmpsia em gestações tardias, combinando monitoramento fetal, tratamento hipertensivo e, quando indicado, decisões criteriosas sobre o timing do parto. A detecção precoce e o manejo adequado podem melhorar significativamente os desfechos para a mãe e o feto.

Alves, Fronza e Strapasson (2021) apontam para a necessidade de pesquisa e educação continuada sobre as melhores práticas de manejo da pré-eclâmpsia, especialmente em gestações tardias. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos e dos fatores de risco pode ajudar a prevenir a ocorrência desta complicação e suas sequelas.

Michels et al. (2023) focam na necessidade de intervenções baseadas em evidências para o manejo da pré-eclâmpsia, incluindo o uso de medicamentos anti-hipertensivos e corticosteroides para maturação pulmonar fetal, quando o parto prematuro é inevitável. Tais estratégias são cruciais para minimizar os riscos associados à condição. Finalmente, Gomes e Domingueti (2021) e Brito et al. (2020) enfatizam que a colaboração interdisciplinar entre obstetras, neonatologistas e enfermeiros é fundamental para o cuidado efetivo de gestações complicadas pela pré-eclâmpsia. A comunicação eficaz e o planejamento cuidadoso podem ajudar a garantir os melhores possíveis desfechos para gestantes com pré-eclâmpsia em gestações tardias, ressaltando a importância de um acompanhamento abrangente e personalizado.

 

2.4 Diagnóstico e Monitoramento da Pré-eclâmpsia em Gestação Tardia

 

O diagnóstico e monitoramento da pré-eclâmpsia em gestações tardias são fundamentais para a gestão eficaz desta complicação, visando minimizar os riscos associados tanto para a mãe quanto para o feto. De acordo com Reis et al. (2021), o diagnóstico da pré-eclâmpsia é baseado principalmente na presença de hipertensão e proteinúria após a 20ª semana de gestação. No entanto, em gestações tardias, a identificação e monitoramento dessa condição requerem uma atenção particular, dada a sua potencial evolução rápida e impacto significativo nos desfechos perinatais.

Ressaltando o papel do cuidado cautelas, temos:

As vantagens da automonitorização vão além dos benefícios e qualidades em termos técnicos e financeiros. A redução dos elevados gastos não se deve apenas pela diminuição do número de visitas. Esses dispositivos domiciliares permitem a detecção precoce dessa enfermidade e de suas complicações, diminuindo a demanda de medicações e a necessidade de internação em casos que vierem a se tornar graves. Somado a isso, gestantes relataram uma diminuição dos níveis de estresse, visto que a atualização diária da própria saúde proporcionou mais segurança. Dessa maneira, a automonitorização foi motivada pelas usuárias pela facilidade de uso, autocapacitação e redução da ansiedade. (Pretti et al., 2023, p2)

 

Magalhães et al. (2016) ressaltam a importância da medição precisa da pressão arterial e da análise de proteinúria como pilares do diagnóstico da pré-eclâmpsia. Além disso, os avanços tecnológicos têm proporcionado novos métodos de diagnóstico, como o uso de biomarcadores e ultrassonografia Doppler, que podem ajudar a prever e monitorar a evolução da pré-eclâmpsia em gestações tardias. Segundo Fernandes et al. (2020), a avaliação do fluxo sanguíneo uteroplacentário por meio da ultrassonografia Doppler tem se mostrado particularmente útil no monitoramento da saúde fetal e na detecção precoce de complicações.

Da Cruz Krettl et al. (2021) enfatizam a necessidade de um monitoramento contínuo da saúde materna em casos de pré-eclâmpsia suspeita ou confirmada, incluindo avaliações frequentes da pressão arterial, função renal e níveis de proteína na urina. Este acompanhamento rigoroso permite a detecção precoce de sinais de agravamento da condição, possibilitando intervenções oportunas para prevenir complicações graves.

Alpoim (2017) discute o potencial dos biomarcadores no aprimoramento do diagnóstico e prognóstico da pré-eclâmpsia. A identificação de marcadores específicos no sangue pode oferecer insights valiosos sobre o risco e a severidade da condição, permitindo um manejo mais personalizado e direcionado das gestantes afetadas.

Melillo et al. (2023) abordam o desafio de diferenciar a pré-eclâmpsia de outras condições hipertensivas da gestação, especialmente em estágios tardios, onde o quadro clínico pode ser mais complexo. A compreensão detalhada dos critérios diagnósticos e a utilização de ferramentas diagnósticas avançadas são essenciais para garantir a precisão no diagnóstico e no planejamento do manejo clínico. Meseder et al. (2023) destacam a importância do monitoramento contínuo da condição fetal em gestações complicadas por pré-eclâmpsia tardia. Testes de bem-estar fetal, incluindo a cardiotocografia e o perfil biofísico fetal, são recomendados para avaliar a saúde do feto e orientar decisões relativas ao timing do parto.

Pretti et al. (2023) salientam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no cuidado de gestantes com pré-eclâmpsia tardia, envolvendo obstetras, enfermeiros e especialistas em medicina fetal. A colaboração entre esses profissionais é crucial para um diagnóstico preciso, monitoramento eficaz e tomada de decisão informada sobre o manejo da gestação e do parto. Finalmente, Riesgo (2021) aponta para a importância de protocolos de atendimento atualizados e baseados em evidências no diagnóstico e monitoramento da pré-eclâmpsia em gestações tardias. A implementação desses protocolos pode melhorar significativamente os desfechos para a mãe e o feto, reduzindo a morbidade e mortalidade associadas a esta condição. A contínua pesquisa e educação dos profissionais de saúde são fundamentais para o avanço na qualidade do cuidado prestado às gestantes com pré-eclâmpsia tardia.

 

2.5 Manejo e Tratamento da Pré-eclâmpsia em Gestação Tardia

 

O manejo e tratamento da pré-eclâmpsia em gestações tardias demandam uma abordagem meticulosa e baseada em evidências, considerando os riscos aumentados para a saúde materna e fetal. Conforme descrito por Pretti et al. (2023), o tratamento da pré-eclâmpsia visa primordialmente a prevenção de complicações graves, como a eclâmpsia, e a otimização dos desfechos para o feto e a mãe. As estratégias incluem o monitoramento rigoroso da pressão arterial, o uso de medicamentos anti-hipertensivos específicos e, quando necessário, a antecipação do parto.

Segundo Riesgo (2021), a identificação precoce dos sinais de pré-eclâmpsia é crucial para iniciar o tratamento adequado e prevenir a progressão da doença. O manejo da condição em gestações tardias envolve frequentemente um equilíbrio entre prolongar a gestação para beneficiar o desenvolvimento fetal e intervir precocemente para proteger a saúde da mãe. A decisão sobre o momento ideal para o parto é, portanto, uma componente crítica do tratamento, requerendo uma avaliação individualizada de cada caso.

Alves, Fronza, e Strapasson (2021) enfatizam a importância da monitorização fetal através de ultrassonografias e testes de bem-estar fetal, para avaliar o impacto da pré-eclâmpsia no desenvolvimento e saúde do feto. Esta monitorização ajuda a determinar o timing mais seguro para o parto, minimizando os riscos de prematuridade enquanto protege a saúde da mãe.

Michels et al. (2023) discutem o papel significativo dos corticosteroides administrados à mãe para acelerar a maturidade pulmonar fetal, quando o parto prematuro é inevitável. Este tratamento é particularmente importante em gestações abaixo de 34 semanas, onde o risco de complicações respiratórias neonatais é elevado.

Gomes e Domingueti (2021) apontam para o manejo da pressão arterial como um pilar central no tratamento da pré-eclâmpsia. O uso criterioso de medicamentos anti-hipertensivos, escolhidos com base no perfil de cada paciente, é fundamental para evitar picos hipertensivos que possam precipitar condições mais graves.

Brito et al. (2020) ressaltam a necessidade de uma equipe multidisciplinar bem integrada, incluindo obstetras, enfermeiros, e neonatologistas, para o manejo eficaz da pré-eclâmpsia em gestações tardias. Esta abordagem colaborativa assegura que todas as necessidades clínicas da mãe e do feto sejam atendidas, enquanto se prepara para possíveis intervenções emergenciais.

Gomes et al. (2020) destacam a importância da educação e do suporte continuado às gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia. Fornecer informações claras sobre os sinais de alerta e sobre como gerenciar os sintomas em casa é essencial para a segurança da mãe e do bebê, além de prepará-las para o que esperar durante o tratamento e o parto.

Por fim, Ribeiro et al. (2023) enfatizam a pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas terapias para o tratamento da pré-eclâmpsia, particularmente em gestações tardias. O avanço no entendimento dos mecanismos subjacentes à doença e a descoberta de novas abordagens terapêuticas são fundamentais para melhorar os desfechos maternos e neonatais, marcando a importância da inovação contínua no campo da obstetrícia.

 

3. Considerações Finais

 

Neste artigo, investigou-se a pré-eclâmpsia em gestações tardias, focando em sua epidemiologia, fatores de risco, consequências para a saúde materno-fetal, e abordagens de diagnóstico e manejo. A revisão evidenciou a complexidade da pré-eclâmpsia como uma condição que desafia os paradigmas de saúde materna e fetal, particularmente em gestações consideradas tardias. Os dados analisados demonstram que a pré-eclâmpsia tardia é acompanhada de significativas implicações para a saúde da mãe e do feto, ressaltando a importância de estratégias de diagnóstico precoce e manejo eficaz. A gestão dessa condição exige uma abordagem multidisciplinar e personalizada, centrada na segurança da mãe e na otimização dos desfechos neonatais.

Foi constatado que, apesar dos avanços no entendimento e no tratamento da pré-eclâmpsia, ainda existem lacunas significativas no conhecimento, especialmente no que tange à sua ocorrência em gestações tardias. A identificação de fatores de risco específicos e o desenvolvimento de protocolos de monitoramento e manejo adaptados a este grupo demográfico são essenciais para a redução da morbimortalidade materna e fetal. A necessidade de pesquisa contínua foi um tema recorrente, sugerindo que o aprofundamento da compreensão dos mecanismos fisiopatológicos e a avaliação de novas estratégias terapêuticas são cruciais. Este estudo sublinha a importância da educação de gestantes sobre os sinais de alerta da pré-eclâmpsia e da adesão a práticas baseadas em evidências por parte dos profissionais de saúde.

Conclui-se que o manejo efetivo da pré-eclâmpsia em gestações tardias representa um desafio considerável, mas crucial, para a obstetrícia moderna. A implementação de estratégias de diagnóstico precoce, junto com abordagens terapêuticas inovadoras e personalizadas, tem o potencial de melhorar significativamente os desfechos materno-fetais. O comprometimento com a educação continuada dos profissionais de saúde e com a pesquisa aplicada é fundamental para avançar na prevenção, diagnóstico e tratamento da pré-eclâmpsia em gestações tardias, contribuindo assim para a saúde e o bem-estar de mães e bebês.

 

Referências

 

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PREZAD@ALUN@! LEIA COM ATENÇÃO AS ORIENTAÇÕES ABAIXO, ANTES DE ENVIAR O TCC. TCC (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO) - O trabalho (ARTIGO) deverá ser enviado em formato DOC ou DOC.X(Word). Reiteramos que TCC’s plagiados e com temas não condizentes com a área do curso serão REPROVADOS. Caso o TCC seja considerado PLÁGIO, o aluno estará sujeito a um ônus no valor de R$249,99 para uma nova correção. Reiteramos também que TCC’S reenviados para reformular não estarão condicionados a nenhuma taxa de cobrança. ATENÇÃO! A faculdade possui o PRAZO DE 30 DIAS PARA CORREÇÃO do TCC. Se desejar a conclusão de seu curso em determinada data, deverá regularizar as pendências e concluir o curso antecedência para que na data que necessita da certificação já esteja com o documento em mãos. Os professores não são responsáveis ou se comprometem em agilizar o processo de correção para alunos que não concluíram o curso e realizam inscrições em processos sel

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  TÍTULO DO TRABALHO: Subtítulo, quando houver [1] (Escrito em negrito, fonte tamanho 16, cor preta, caixa alta, caso insira subtítulo ele deve ser separado do título por dois pontos e apenas sua primeira letra ser escrita em caixa alta) Insira seu nome completo aqui [2] (Escrito em negrito, fonte tamanho 12, cor preta, caixa alta somente nas iniciais) Faça duas notas de rodapé, sendo a primeira no final do título (ou subtítulo) do trabalho com as informações referentes a seu curso. A segunda nota deve conter seu curso, conforme exemplo. Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio pagarei uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado não poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços (referente aos cursos de pós-graduação lato sensu , com exceção à Engenharia de Segur